28 de jun. de 2011

Sul-coreanos lideram leitura pela internet

Fonte original: Agência EFE. Data: 28/06/2011.
Fonte: Portal Terra.
Os estudantes sul-coreanos, com 568 pontos - a média é de 499 na Organização para a Cooperação e o Desenvolvimento Econômico (OCDE) -, estão no topo do ranking de leitura de textos pela internet, seguidos de longe por neozelandeses e australianos com 537 pontos nos dois casos.
Publicado nesta terça-feira, o relatório do Programa Internacional de Avaliação de Alunos (Pisa) avalia a capacidade de absorção da informação procedente de diferentes fontes, a credibilidade utilizada e a navegação em sites de forma autônoma e eficiente.
Entre os últimos postos dos 16 países da OCDE que participaram de 2009 da experiência, os estudantes chilenos de 15 anos aparecem com 435 pontos, distante dos que se situavam imediatamente acima: Áustria (459), Polônia (464), Hungria (468) e Espanha (475).
Colômbia ficou ainda mais abaixo, com 368 pontos, após ser submetido à mesma análise, apesar de não pertencer à organização. O mesmo que Hong Kong (515 pontos) e Macau (492).
Com notas acima da média aparecem Japão (519), Islândia (512), Suécia (510), Irlanda (509), Bélgica (507) e Noruega (500), e logo atrás aparecem França (494) e Dinamarca (489).
Globalmente, 8,5% dos alunos dos 16 países da OCDE alcançaram ao menos o nível 5 de capacidades leitoras em linha, embora com notáveis diferenças por países.
Assim na Coreia do Sul, Nova Zelândia e Austrália 17% estavam nesse nível 5 ou superior, enquanto mais da quarta parte no Chile, Áustria, Hungria e Polônia não alcançavam sequer o nível 2, considerado o mínimo para um pleno acesso às oportunidades educativas, de emprego e sociais próprias do século 21. Na Colômbia era quase 70% o que não chegava.
Os resultados deste novo estudo Pisa são muito similares a outros precedentes que avaliavam as habilidades de leitura de textos impressos, nos quais novamente a Coreia do Sul aparecia na primeira posição com 539 pontos, seguido por Hong Kong (533), Nova Zelândia (521), Japão (520) e Austrália (515).
Na parte de baixo da tábua apareciam Dinamarca (495), Hungria (494), Espanha (481), Áustria (470), Chile (449) e mais uma vez a Colômbia (413).
Os autores da pesquisa indicaram que os países com piores números tendem a mostrar melhores resultados na compreensão de leitura de textos impressos.
Destaque ainda para a diferença entre meninos e meninas - em favor sempre destas últimas - é algo menor na leitura na internet, com 24 pontos de diferença no conjunto da OCDE frente a 39.
Constataram que o percentual de alunos que dispõe de equipamentos de informática em casa aumentou notavelmente, ao passar de 72% em 2000 para 94% em 2009, com até 99,1% na Islândia, 98,7% na Noruega, 98,2% na Áustria, mas logo após que 87,5% na Coreia do Sul. A proporção mínima, no entanto, é a do Chile (73,2%).
Nos centros escolares, o percentual médio dos estudantes que utilizam computadores é de 74,2% na OCDE, com mais de 90% em países nórdicos como a Dinamarca, Noruega, mas também na Austrália, 62,7% na Coreia do Sul, menos, portanto, que na Espanha (65,5%) e o Chile (56,8%).
De qualquer maneira, entre as conclusões do estudo figura a que os "usuários moderados" da rede obtêm notas mais altas na capacidade de leitura que os "intensivos" ou que os se conectam esporadicamente.
Além disso, quanto mais intensivo é o uso de computadores na escola, os resultados se ressentem. Pelo contrário, há uma associação positiva entre o uso do computador em casa para fins de lazer e a aquisição de capacidades de compreensão dos textos.

Curso: As novas tecnologias e o mercado editorial

Fonte: Editora UNESP. Data: 26/06/2011.
URL: http://www.editoraunesp.com.br/CUNIL-3,16,A%C3%87%C3%95ES%20INOVADORAS%20DIGITAIS%20NO%20NEG%C3%93CIO%20EDITORIAL
AÇÕES INOVADORAS DIGITAIS NO NEGÓCIO EDITORIAL
Carga Horária: 6 horas
Data: 04 a 05 de julho de 2011
Horário: 18h as 21h
Local: A Universidade do Livro funciona no prédio da Fundação Editora da UNESP (FEU) - Praça da Sé, 108, Centro - São Paulo, SP – CEP: 01001-900 - Esquina com a Rua Benjamin Constant – Metrô Sé.
Público Alvo
Editores, editores-assistentes, produtores editoriais, publicitários, jornalistas, professores, designers, bibliotecários, estudantes de comunicação e editoração, letras e jornalismo, empresários das áreas editoriais e afins, demais interessados.
Conteúdo
A crescente penetração das tecnologias digitais em todos os âmbitos da vida humana na última década tem causado transformações sociais sem precedentes na nossa história que afetam todas as áreas do conhecimento. O negócio editorial não é exceção. O ambiente hiper conectado e informacional que a internet e os dispositivos móveis nos oferecem trazem inúmeras novas oportunidades para oferecer conteúdos adequados aos diversos públicos nesse novo cenário. No entanto, o novo contexto também traz novos desafios que precisam ser considerados na atuação nesse mercado em transformação. O jogo mudou e é necessário conhecer as novas regras para participar. Esse curso visa familiarizar o participante com o cenário digital atual e as tecnologias emergentes que afetam o negócio editorial, bem como discutir o futuro desse mercado e estratégias de negócio nesse novo contexto digital. Para tanto, serão apresentados conceitos e fenômenos relacionados à transformação digital do mercado bem como cases ilustrativos com ações inovadoras usando tecnologias digitais.
Objetivos
Atualizar os profissionais e futuros profissionais da área editorial e setores afins, com os novos desafios que as mudanças tecnológicas colocam para a indústria destes setores.
Docente
Martha Gabriel

O X da questão

Fonte: Publishnews. Data: 28/06/2011
Autor: Felipe Lindoso.
Quando fundamos a Editora Marco Zero, em 1980, Maria José Silveira, Márcio Souza e eu, queríamos publicar os livros que nos agradassem e que fossem de interesse do público. Não era um projeto simplesmente “estético”. Tínhamos uma clara intenção comercial.
Logo nos deparamos com as peculiaridades e dificuldades da vida editorial nesse nosso país de dimensões continentais, sem bibliotecas e com uma rede de livrarias muito precária. Então, como cientista social, comecei a matutar sobre quais as razões que impediam que os belos e substanciosos livros que publicávamos chegassem às mãos dos leitores na quantidade que achávamos que eles mereciam. A editora se afiliou à Câmara Brasileira do Livro, onde acabei sendo diretor e comecei a me enfronhar nas questões das políticas públicas relacionadas com o livro e a leitura.
Mais de trinta anos depois, e para além do livro O Brasil Pode ser Um País de Leitores? Política para a Cultura, Política para o Livro, que publiquei em 2004, passo a compartilhar aqui pensadas sobre o tema.
O primeiro assunto sobre o qual quero tratar aproveita uma notícia publicada no dia 7, no portal IG: O Ministro das Comunicações, Paulo Bernardo, vai conversar com os ministros da Educação, Fernando Haddad, da Ciência e Tecnologia, Aloísio Mercadante, e Fernando Pimentel, do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior, para discutir o uso de tablets na educação.
A educação sempre foi um fator de primordial importância no desenvolvimento da indústria editorial. E não só no Brasil. Internacionalmente, os grupos editoriais mais poderosos são, de longe, os que produzem materiais para educação, ciência e tecnologia, como se pode ver no estudo que o consultor Rudiger Wischenbart divulgou em Frankfurt, cuja versão atualizada o PublishNews publicou recentemente: dos dez maiores grupos editoriais mundiais, apenas três não se dedicam exclusivamente à publicação na área educacional. No Brasil também, os dados conhecidos mostram que as editoras chamadas “didáticas” constituem o grupo de maior faturamento, encabeçadas pela Abril Educação. As três empresas editoriais brasileiras que aparecem no ranking internacional – Abril Educação, Saraiva e FTD – são do setor didático-educacional.
É sempre temerário fazer analogias entre o mercado brasileiro e o dos Estados Unidos. Mas lá, também, a expansão dos e-readers e dos e-books não passou por fora do setor educacional. O estado da Califórnia, um dos mais afetados pela crise de 2008, há três anos só compra e-books para o sistema educacional público. A Amazon, quando do lançamento do Kindle DX, estabeleceu parcerias com várias universidades, inclusive Princeton, para o uso desse “leitor” nos seus cursos. Assim, apesar da visível euforia que aparece ali, nos jornais, em referência à massa dos compradores de e-readers e de tablets, uma parcela muito significativa desses aparelhos está sendo usada nas escolas. Esse uso vem se justificando sob vários pretextos, que vão da diminuição do peso das mochilas escolares ao preço de venda dos e-books, significativamente mais baixos que os livros escolares em papel.
Desse modo, a análise da possível evolução do uso de e-readers e e-books no Brasil deve levar em consideração a adoção desse meio pelas escolas, em diferentes níveis do ensino.
Infelizmente as estatísticas a respeito são precaríssimas, quando não simplesmente inexistentes. Mas existem sintomas pipocando:
As editoras estão adotando cada vez mais versões eletrônicas da venda de capítulos de livros, que substituem as mal afamadas “pastas do professor”, copiadas sem controle, principalmente nas universidades. Os contratos são feitos na maioria com as próprias universidades, que montam com as editoras o que na verdade são e-books (lidos em desktops e laptops), de acordo com as demandas de texto dos professores;
Várias universidades já anunciam a adoção de tablets para seus alunos acompanharem o material didático.
O peso das compras governamentais de livros didáticos é um fator muito importante para a definição do futuro (ou da rapidez com que esse futuro chega) do uso de e-readers e tablets no sistema educacional do país.
O programa de entregar um laptop de cem dólares para cada estudante do ensino fundamental, originalmente proposto por Nicholas Negroponte, esbarrou em vários problemas tecnológicos e de custo. O protótipo desenvolvido pelo projeto, usando software livre e gratuito, acabou ultrapassado. Fabricantes chineses já estão produzindo tablets a menos de US$ 100 a unidade, com sistema operacional livre – o que basicamente quer dizer não da Microsoft ou da Apple – com funcionalidades muito mais abrangentes que o projeto inicial do laptop de cem dólares, inclusive com o acesso via telefonia 3G e wireless.
Segundo informações que me foram repassadas pela Assessoria de Imprensa do FNDE, o órgão do MEC que adquire os livros para os programas federais, o custo de logística – embalagem e transporte dos livros adquiridos – varia entre 13% e 18% dos custos totais dos programas de aquisição de livros didáticos (PNLD-Fundamental, PNLD-Ensino Médio, PNBE). Só para o programa do ensino médio (PNLD-Ensino Médio), nos anos 2008 a 2010, esse custo chegaria a aproximadamente 105 milhões de Reais, ou quase 60 milhões de dólares. Acrescente-se a isso o que seria conseguido com a diminuição do custo unitário do livro (livro em papel versus livro eletrônico), mesmo que os editores conseguissem melhores condições de remuneração por unidade do FNDE, e já teríamos recursos suficientes para o desenvolvimento de um programa de grande porte para os alunos do ensino médio, mesmo considerando a necessidade de apropriação de custo de logística para a distribuição dos próprios tablets ou e-readers.
Uma vez entregues os tablets ou e-readers aos alunos, o “recheio” de conteúdo tem seus custos de logística reduzidos a uma insignificância relativa, já que pode ser usada a infraestrutura montada para o programa de banda larga, que usaria recursos provenientes de outras fontes.
Entretanto, ainda haveria muitos pontos a detalhar na execução de um programa desse porte.
Um desses pontos seria precisamente a opção entre e-readers ou tablets. Como usuário do Kindle, da Amazon, com a tecnologia do e-ink, ou tinta eletrônica, sei que a experiência de leitura é fantástica nesse tipo de aparelho. Entretanto eles ainda têm problemas não resolvidos: a pouca funcionalidade do mecanismo de anotações e realce dos textos; a impossibilidade atual (a ser provavelmente resolvida nos próximos dois anos) de usar telas coloridas; a pouca interação entre o leitor e a máquina. Todos esses fatores contribuem vantajosamente, hoje, para a escolha dos tablets, apesar da dificuldade de leitura à luz do sol.
Entretanto, seja tablet ou e-reader, abre-se de forma incontestável a possibilidade de acesso a uma quantidade enorme de textos pelos alunos, seja pelo acesso às bibliotecas de livros com direitos autorais já liberados (como os do portal Domínio Público do MEC), quanto pela diminuição do custo unitário dos livros adquiridos pelo MEC/FNDE. Isso permitiria que fosse entregue aos alunos uma quantidade de livros de literatura e de referência muito maior do que os atualmente proporcionados pelo programa da Biblioteca na Escola.
E seria um passo decisivo na implantação do uso de tablets e e-readers no mercado “não governamental”, gerando volume de demanda e capacidade de produção para as editoras.
Esperemos que frutifique a conversa do ministro Paulo Bernardo com seus colegas. O “xis do problema” da adoção de tablets e e-readers no Brasil passa pela educação.
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Felipe Lindoso é jornalista, tradutor, editor e consultor de políticas públicas para o livro e leitura. Foi sócio da Editora Marco Zero, diretor da Câmara Brasileira do Livro e consultor do CERLALC – Centro Regional para o Livro na América Latina e Caribe, órgão da UNESCO. Publicou, em 2004, O Brasil pode ser um país de leitores? Política para a cultura, política para o livro, pela Summus Editorial.

27 de jun. de 2011

Cinemateca Brasileira abriga acervo e oficina em novo espaço

Fonte: Folha de S. Paulo. Data: 27/06/2011.
Autora: Ana Paula Sousa.
Nas próximas semanas, alguns dos 200 mil rolos que ocupam a sede da Cinemateca Brasileira, na Vila Clementino, vão percorrer a cidade.
Em carros refrigerados, sairão da zona sul rumo à zona oeste. Chegando ao galpão da Vila Leopoldina, sua nova casa, os filmes vão dormir numa antecâmara, para não sofrer choques térmicos.
Uma vez adaptados, os rolos migrarão para as prateleiras novinhas que ocupam duas câmeras refrigeradas a 5ºC. Hoje, eles estão armazenados sob 12ºC ou 15ºC.
¦"Nossos depósitos estavam chegando ao limite", diz Carlos Magalhães, diretor da Cinemateca Brasileira. "Com o novo espaço, cresce em 25% a capacidade de armazenamento. Além da expansão natural e necessária, vai permitir a separação do acervo."
E, se vista sob a perspectiva histórica, a inauguração desse espaço, prevista para daqui a três semanas, tem ainda mais significado.
É que a história da Cinemateca, nascida como um clube de cinema, em 1940, sempre marcada por tropeços refletiu, durante muito tempo, o descaso do Brasil com sua memória cultural.
A falta de sedes --o espaço da Vila Clementino só foi inaugurado em 1992-- e a dificuldade para implantar uma política contínua chegaram a ser vistas, por um dos seus criadores, Paulo Emílio Salles Gomes (1916-1977), como sina irreversível.
"Quando chegamos aqui, só corríamos atrás do prejuízo, salvando filmes que estavam desaparecendo", diz Maria Dora Mourão, presidente da Associação da Amigos da Cinemateca. "Agora, finalmente, conseguimos pensar em preservação."
Além de funcionar como reserva técnica, o novo espaço vai abrigar, futuramente, um museu do cinema.
Em três meses, será aberta uma oficina de manutenção de equipamentos que o mercado já não usa, mas que, para a cinemateca, são essenciais, como a moviola.
"Os velhos técnicos vão formar novos técnicos", diz Magalhães. Tudo o que for reformado vai compor o museu destinado a contar a evolução técnica da atividade.
Fruto de uma costura política que envolveu o Iphan (Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional) e a prefeitura de São Paulo, a ocupação do galpão que, antes, abrigava uma fábrica de bombas hidráulicas, chama a atenção pelo arrojo arquitetônico e pelas dimensões.
Um problema: está numa região martirizada por alagamentos. "Por precaução, os filmes vão ficar no mezanino", avisa Magalhães.

Jorge Couto deixa a Biblioteca Nacional no final do mês

Fonte: Público. Data: 25/06/2011.

URL: http://www.publico.pt/Cultura/jorge-couto-deixa-a-biblioteca-nacional-no-final-do-mes_1500182

O director da Biblioteca Nacional de Portugal (BNP), Jorge Couto, cessa funções por decisão própria a partir de 30 de Junho, disse fonte do seu gabinete.
O historiador Jorge Couto estava à frente dos destinos da BNP desde 29 de Outubro de 2005, e desde 2 de Dezembro do ano passado exercia em regime de acumulação, não remunerado, as funções de director-geral do Livro e das Bibliotecas.
A junção da BNP com a Direcção-Geral do Livro e das Bibliotecas estava em preparação no anterior Governo, liderado por José Sócrates, mas não foi publicada a respectiva lei orgânica pelo que os dois organismos mantinham autonomia.
Como director da BNP, Jorge Couto, iniciou as obras de alargamento do edifício, no Campo Grande, em Lisboa, que incluía a dotação de um cofre-forte segundo as mais sofisticadas regras de segurança, cuja conclusão está prevista para Setembro próximo.
O historiador natural dos Açores deve regressar à vida académica. Jorge Couto é professor na Faculdade de Letras de Lisboa e investigador do respectivo Centro de História. É autor de numerosos livros, artigos, introduções e prefácios publicados tanto em Portugal como no Brasil, Espanha, França, Estados Unidos, China e Japão, tendo algumas obras suas sido traduzidas para inglês, espanhol, francês e japonês.
Foi presidente do Instituto Camões de 1998 até 2002. É membro da Academia Portuguesa da História e Sócio Correspondente do Instituto Geográfico e Histórico da Bahia (Brasil). Entre as suas obras refira-se “A Construção do Brasil” e a coordenação e direcção de “O Rio de Janeiro – Capital do Império Português (1808-1821)”.

26 de jun. de 2011

Acesso Livre para Inovar e Promover a Pesquisa Científica

Autor: Helio Kuramoto.
Fonte: Jornal da Ciência Online n. 4286. Data: 24/06/2011.
A informação científica é crucial para o desenvolvimento das pesquisas e, estas, são essenciais para o desenvolvimento científico e tecnológico das nações e gerar novos conhecimentos que são veiculados na forma de artigos científicos, tradicionalmente publicados em revistas com revisão por pares, conhecidas como revistas científicas.
O custo de acesso às principais revistas científicas alcançou níveis insustentáveis, provocando a chamada serials crisis e, isto dificultou o acesso à informação científica. Em resposta, pesquisadores de diversas partes do mundo, preocupados com esta crise e, consequentemente com o impacto negativo no desenvolvimento das pesquisas, promoveram o movimento Open Access (OA).
OA significa acesso em linha, sem custos, imediato e permanente, a artigos em texto integral. O seu objetivo é tornar OA os cerca de 2,5 milhões de artigos publicados, anualmente, em 28 mil títulos de revistas científicas.
Uma de suas estratégias, a via Verde, recomenda aos pesquisadores que publicam em revistas acessíveis mediante assinaturas, portanto de acesso restrito, que depositem uma cópia de seus trabalhos publicados nessas revistas, em repositório institucional OA (RI). As universidades, que aderiram a essa estratégia, construíram os seus RI e adotaram mandatos OA, para garantir a alimentação dos seus RI.
Os pesquisadores, dessas universidades, puderam comprovar, por meio de estatísticas de uso emitidas pelos RI o ganho em visibilidade, uso e impacto nas suas pesquisas. E as universidades perceberam o ganho em competitividade e visibilidade face a sua posição em rankings como o Ranking Web of World Universities.
Essa estratégia promove : 1) a formação de uma cultura e de uma infraestrutura global de compartilhamento e disponibilização da informação científica OA; 2) o acesso livre à informação científica; e 3) a maximização da visibilidade, uso e impacto dos resultados das pesquisas. Estudos recentes comprovam essa maximização, indicando um incremento de 250% no número de citações a artigos da área de física depositados em repositórios OA. É essencial, porém, observar que o OA não desconsidera o importante papel das revistas científicas no fluxo da comunicação científica. Esta via não é a única estratégia proposta pelo OA, mas é a que oferece melhor relação custo/benefício e introduz importante mudança no sistema de comunicação científica. Maiores detalhes sobre OA poderão ser encontrados no meu blog.
Adotar o OA é, pois, uma questão de escolha entre apenas fornecer acesso às revistas de acesso restrito, ou fornecer acesso livre de custos e contar com mecanismos de valorização das pesquisas para maximizar a sua visibilidade, uso e impacto, sinalizando para uma clara política de inovação e desenvolvimento da ciência.
Aderir ou não às iniciativas preconizadas pelo OA? Eis a questão.

Hélio Kuramoto é pesquisador do MCT/Ibict, doutor em Ciência da Informação.

Estudos acadêmicos em pixels

Fonte: Jornal da Ciência On-line n. 4285. Data: 22/06/2011.
URL: http://cienciahoje.uol.com.br/blogues/bussola/2011/06/estudos-academicos-em-pixels
Lançada em 2010 pela Editora Unesp, coleção acompanha o aumento do mercado virtual e transforma pesquisa em livros digitais.
Muitos trabalhos acadêmicos - desenvolvidos com recursos públicos e muitos esforços - nunca saíram das prateleiras universitárias. Uma iniciativa pioneira da editora da Universidade Estadual Paulista (Unesp), impulsionada pelo crescente mercado digital, é um passo importante para a difusão mais ampla do conhecimento produzido no Brasil.
Há pouco mais de um ano, a Editora Unesp lançou a coleção Propg Digital, em parceria com a pró-reitoria de pós-graduação da universidade. Planejada desde o início para o meio digital, a coleção tem como matéria-prima teses e dissertações produzidas na instituição.

MPF resgata documento assinado por D. Pedro II

Fonte: Consultor Jurídico. Data: 21/06/2011.
A Polícia Federal entregou ao Arquivo Nacional do Ministério da Justiça um documento que data de 1866, com a assinatura do então imperador D. Pedro II. O documento foi encontrado no ano passado, com um homem que pretendia leiloá-lo. Os papéis foram resgatados por um procedimento do Ministério Público Federal.
O valor histórico do documento, assim como seu caráter público, foi atestado tanto pelo Arquivo Nacional quanto pelo Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan). Ele foi identificado como “Consulta do Conselho Supremo Militar sobre o requerimento do tenente-coronel da Guarda Nacional Domingos Mondim Pestana pedindo abono da etapa concedida pelo Decreto n. 1254 de 8 de junho de 1865, datado de 25/06/1866. Despacho do imperador em 27/06/1866, com assinatura também do ministro da Guerra, barão de Uruguaiana (Angelo Moniz da Silva Ferraz)”. O despacho data da metade da Guerra do Paraguai, que foi de 1864 a 1870.
Segundo o homem com quem o documento foi encontrado, ele o comprou numa feira que acontece semanalmente no vão livre do Museu de Arte de São Paulo (Masp) há cerca de sete anos. Ele disse não saber que o documento era público, apenas de seu valor histórico, e por isso decidiu vendê-lo em leilão. Pela lei, documentos públicos não podem ser comercializados.
O procedimento do MPF para recuperar os papéis foi instaurado depois que a procuradora da República Ana Cristina Bandeira Lins soube, em abril do ano passado, que um acervo com mais de 400 peças da época imperial seria leiloado em São Paulo. Ela conta que solicitou ao Arquivo Nacional e ao Iphan que fiscalizassem e periciassem os documentos, e assim foi encontrado o despacho de 1866, assinado por D. Pedro II.
Segundo o diretor geral do Arquivo Nacional, Jaime Antunes da Silva, e o especialista Vitor Manoel Marques da Fonseca, o Conselho Supremo Militar do Governo Imperial, de que trata o documento, tinha funções administrativas e judiciais, referentes ao Ministério da Guerra. Foi extinto em 1893 e sucedido pelo Superior Tribunal Militar.
O conjunto total de documentos do Conselho foi dispersado, e, segundo os especialistas, não há informações se eles foram roubados, perdidos ou se houve alguma ordem para sua destruição. As informações são da Assessoria de Imprensa do MPF.

Depósito Legal recebeu 97 mil obras em 2010

Fonte: Boletim da Biblioteca [Biblioteca Nacional] n. 191.
Data: 24/06/2011.

A Divisão de Depósito Legal da Fundação Biblioteca Nacional tem a responsabilidade de preservar a produção cultural brasileira. Para isso, procura assegurar junto a editoras de todo o país o cumprimento da Lei do Depósito Legal, de 1907, que determina que pelo menos um exemplar das obras publicadas sejam enviadas à BN. O resultado desse trabalho pode ser medido em números: só no ano passado foram recebidas 97 mil peças – sendo 89 mil livros, revistas e jornais, 2.100 CDs, DVDs e CD-ROMs, além de mapas, partituras e materiais iconográficos, entre outros. “A lei do Depósito Legal de arquivo fonográfico é nova [janeiro de 2010]. Por isso, recebemos pouco, mas vamos intensificar a cobrança em 2011 e aumentar este número”, diz Daniele Del Giudice, chefe da Divisão. Está sendo feita a reestruturação e ampliação do setor. “Vamos sair mais da Biblioteca e é ir às editoras, gravadoras, bienais e encontros setoriais”, diz. A meta é ultrapassar 100 mil peças este ano.

22 de jun. de 2011

Livro é devolvido depois de 122 anos!

Fonte: Daily Telegraph. Data: 22/06/2011.

Notícias sobre livros devolvidos à biblioteca com enormes atrasos é comum aparecer nas revistas de Biblioteconomia e também na imprensa em geral. Agora o jornal britânico Telegraph, em sua edição de 22 de junho de 2011, divulgou que um exemplar da obra de Charles Darwin, intitulada “Insectivorous Plants”, foi devolvido depois de 122 anos!

Isto aconteceu na Biblioteca Camden, em Sydney (Austrália). O valor da multa foi calculado em 35.000 dólares australianos (cerca de 23 mil libras esterlinas)!

Segundo a reportagem, um carimbo mostrou que a obra foi emprestada em 30 de janeiro de 1889.

Salvo engano, este livro deve entrar para o Guiness Livros dos Recordes como a obra que mais tempo levou para ser devolvida à biblioteca!

Murilo Cunha

Google supera 1 bilhão de visitantes únicos pela primeira vez

Fonte: Portal G1. Data: 22/06/2011.
Marca foi atingida pela empresa em maio deste ano, divulgou a ComScore
Facebook foi campeão na quantidade de tempo gasto pelos usuários no site.
O Google alcançou em maio, pela primeira vez, a marca de 1 bilhão de visitantes únicos, segundo pesquisa divulgada na terça-feira (21) pela empresa ComScore.
Com 1,009 bilhão de visitantes, o Google e seus portais YouTube (vídeos), Orkut (rede social) e Gmail (correio eletrônico), entre outros, superaram os sites da Microsoft (905 milhões de visitantes), do Facebook (713 milhões e terceira no mundo desde outubro) e do Yahoo! (689 milhões de visitantes).
Os números da ComScore, no entanto, indicam que o Google obteve o crescimento mais moderado entre as quatro empresas, sendo que em um ano, as visitas ao Google aumentaram 8,4%, contra 14,75% para os portais da Microsoft, 10,8% do Yahoo! e 30,2% do Facebook.
A rede social foi a campeã no quesito quantidade de tempo gasto pelos usuários, sendo responsável por 12,7% dos minutos que os internautas gastaram na web em maio de 2011, frente a 10,4% gastos nos sites da Microsoft, 10,1% no Google e 4,8% no Yahoo!.

Entidades comemoram sucesso do twitaço pela banda larga

Fonte: Tele Síntese. Data: 21/06/2011.
Autora: Lúcia Berbert.
Postagens sobre o tema alcançaram o topo dos assuntos mais falados no microblog nesta terça-feira
O twitaço em favor da campanha “Banda Larga é um Direito Seu”, marcado para esta terça-feira (21) alcançou os Trending Topics Brasil (espécie de ranking dos assuntos mais falados no microblog), com mais de três mil postagens sob a hashtag #MinhaInternetCaiu e obteve 1474 twitters só na última hora (entre 16h e 17h), além de cerca de 1600 pessoas que aderiram à campanha no Facebook.
A campanha é promovida por cerca de 60 entidades sociais, que defendem um serviço de acesso à internet mais barato, de melhor qualidade e oferta universalizada. O twitaço foi proposto pelas entidades para evitar o que consideram a transferência do Plano Nacional de Banda Larga (PNBL) para as operadoras privadas.
As entidades defendem a reabertura imediata das negociações sobre o PNBL e o Plano Geral de Metas de Universalização (PGMU), que deve ser assinado na próxima semana pela presidente Dilma Rousseff.
O Ministério das Comunicações, que recebeu o maior número de mensagem no seu Twitter, não quis comentar o assunto.

Agora é lei: Libras e Braille

Fonte: Agência Câmara. Data: 16/06/2011.
Autor: Tiago Miranda.

A Comissão de Constituição, Justiça e de Cidadania aprovou nesta quinta-feira (16) proposta que obriga as escolas públicas e privadas a oferecer a seus alunos com necessidades especiais as linguagens específicas que lhes permitam uma perfeita comunicação, como a Língua Brasileira de Sinais (Libras) e o sistema Braile. A proposta, que foi aprovada em caráter conclusivo e segue para o Senado, estabelece que “os sistemas de ensino deverão assegurar aos alunos com necessidades especiais métodos pedagógicos de comunicação, entre eles: Língua Brasileira de Sinais (Libras), tradução e interpretação de Libras, ensino de Língua Portuguesa para surdos, sistema Braille; recursos áudios e digitais, orientação e mobilidade; tecnologias assistivas e ajudas técnicas; interpretação da Libras digital, tadoma e outras alternativas de comunicação”. O texto aprovado, que altera o capítulo sobre educação especial da Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional (9.394/96), também amplia o conceito de educação especial.

Bibliotecas em terreiros e quilombos

MinC quer ampliar número de consumidores de cultura
Fonte: Agência Brasil. Data: 17/06/2011.
URL: http://agenciabrasil.ebc.com.br/noticia/2011-06-16/ministerio-quer-ampliar-numero-de-consumidores-de-cultura
O Ministério da Cultura apresentou ações e políticas culturais desenvolvidas pela pasta a secretários de Cultura das capitais e municípios, durante o Fórum Nacional de Secretários de Cultura das Capitais e Regiões Metropolitanas discutidos desde ontem (15) em Brasília.
A secretária de Cidadania e Diversidade Cultural, Marta Porto, citou a inclusão de 30 milhões de pessoas no mercado consumidor cultural e afirmou o compromisso do ministério em formar cidadãos por meio das mais diversas áreas da cultura. "Precisamos ir além dos 30 milhões de consumidores, precisamos pensar outras questões que estão diretamente ligadas a nossa cultura, como por exemplo, o fato de sermos o terceiro país em homicídios de jovens negros”.
A preocupação em relacionar a cultura com áreas como a ambiental, a econômica, e a social também foi discutida. Outras ações como a implantação de seis bibliotecas em terreiros e quilombos em conjunto com a Fundação Biblioteca Nacional, a elaboração de políticas específicas para os povos tradicionais, como os indígenas, e ainda, um estudo sobre a diversidade cultural instalada nos seis biomas reconhecidos pelo Ministério do Meio Ambiente, foram apresentadas e sugestões sobre como colocar essas ações em prática nos municípios foram ouvidas.
Para o secretário de cultura de Laranjeiras, em Sergipe, Irineu Fontes, o fórum tem fundamental importância, não só para a exposição de trabalhos feitos pelo ministério, mas também para a cultura regional de cada município. "Nós temos em Laranjeiras 23 grupos folclóricos, e isto talvez seja o maior número do país em uma única cidade", ressaltou.
Para Pedro Vasconcelos, secretário municipal de São Leopoldo, cidade de colonização alemã na região metropolitana de Porto Alegre, o encontro serve para a retomada do relacionamento com o governo federal, uma vez que é o primeiro feito com a gestão da ministra Ana de Hollanda. Ele disse estar empolgado com a atual cena cultural e com os rumos que a cultura nacional está tomando. "Talvez a cultura brasileira nunca tenha tido tanta importância e tanto lugar como está tendo hoje em dia".

II Congresso Internacional do Livro Digital será nos dias 26 e 27/7

Fonte: Câmara Brasileira do Livro. Data: 20/06/2011.
O 2º Congresso Internacional CBL do Livro Digital será realizado nos dias 26 e 27 de julho de 2011, no Centro de Eventos da Fecomércio em São Paulo / SP.
O 2º Congresso Internacional CBL do Livro Digital tem o objetivo de reunir representantes de toda a cadeia do livro para discutir temas relevantes quanto ao impacto da era digital no mercado editorial brasileiro. Serão intercaladas apresentações e debates, com mediação de importantes personalidades do mundo editorial e da comunicação. Joseph Craven apresenta a palestra “Comunidades Verticais desenvolvidas por editores: um mundo e novas oportunidades”. Joseph é Vice-Presidente de Vendas e Desenvolvimento de Negócios da Sterling Publishing Co. Inc. é responsável por supervisionar todas as atividades de vendas nos Mercados Especiais, Mercados Digitais e canais de Vendas Institucionais e Comerciais, além de gerenciar as iniciativas de Desenvolvimento Digital e de Negócios da Sterling Publishing.

Blog de biblioteca pública

Fonte: Agência Brasil. Data: 21/06/2011.
Autor: João Augusto.

Colocar um blog no ar pode ser uma boa ideia? Sim! Afinal, o que nele estiver poderá ser lido por qualquer pessoa, a qualquer tempo, na rede mundial de computadores.
Assim podem fazer as bibliotecas, públicas, comunitárias, particulares, como fez a Biblioteca Municipal Prof. Benito Caliman, de Venda Nova do Imigrante, no Espírito Santo.
Assim está fazendo a diferença a bibliotecária de lá, Sandra Küster, como tantos outros bibliotecários pelo mundo afora. Conheça a história contada pela Sandra e conte sua, também!
Já são dois meses no ar e até agora mais de 3.700 acessos, diz Sandra. "Hoje, com mais experiência na operação do sistema, o blog está mais interessante e cheio de novidades! Conseguimos reorganizar a apresentação da lista do acervo que está bem fácil de ser acessada, com apenas um click. Se você se tornar seguidor, estará sempre recebendo notícias e novidades", explica a bibliotecária.
Endereço do blog: http://bpmbenitocaliman.blogspot.com/

Biblioteca Pública Municipal Prof. Benito Caliman
Rua N. S. de Lourdes, s/n
Bairro São Rafael
Venda Nova do Imigrante, Espírito Santo
CEP 29375-000
(28) 3546 3950

21 de jun. de 2011

Evento: Seminário Nacional de Bibliotecas Braille

O VII Seminário Nacional de Bibliotecas Braille (SENABRAILLE) será realizado de 27 a 30 de novembro de 2011, em Campinas, no Centro de Convenções da UNICAMP, e terá como tema central: Bibliotecas: espaços acessíveis a múltiplos usuários.
Será organizado pela Unicamp – Coordenação Geral da Universidade (CGU) e Sistema de Bibliotecas (SBU) – e pela Federação Brasileira de Associações de Bibliotecários, Cientistas da Informação e Instituições (FEBAB).
O evento tem por objetivo discutir diversas temáticas, como políticas públicas, empregabilidade, tecnologias assistivas, artes e, principalmente, permitir o compartilhamento de experiências entre pessoas dispostas a redesenhar novos conceitos para a Biblioteca ao defini-la com uma organização acessível a múltiplos leitores, oferecendo uma oportunidade para debater, discutir e unir esforços para a construção de um ambiente mais acessível.
Maiores informações no URL: www.sbu.unicamp.br/senabraille/

Olhem nos olhos das bibliotecárias

Fonte: O Estado de S. Paulo. Data: 17/06/2011.
Autor: Ignácio de Loyola Brandão.
Apanhei o minissanduíche triangular de pão branco, macio, recheado com duas fatias, uma de queijo prato, outra de presunto, coloquei na boca. Desapareceram as centenas de bibliotecárias, emudeceu o som, sumiram os garçons que ocupavam o hall do Masp, apagou-se o coquetel e me vi no trem da Companhia Paulista com minha mãe desamarrando as pontas do guardanapo levemente úmido e tirando o lanche que tanto esperávamos, meu irmão Luis e eu. Farnel feito com capricho. Cada sanduíche envolto em papel impermeável que conservava o frescor do pão. Não existia papel de alumínio, o mundo era rudimentar e a indústria brasileira, incipiente. Um dia alguém há de escrever sobre como evoluímos nas pequenas coisas que nos trouxeram conforto. Na noite anterior, meu pai tinha chegado com o queijo, o presunto e o pão encomendado havia uma semana na padaria do Lima. Não existia pão de forma industrializado nem supermercados, encomendava-se nas padarias. Minha mãe limpava a mesa, colocava a toalha e preparava os sanduíches, pronta a segurar a mim e ao Luis, já que queríamos filar sorrateiramente uma fatia de presunto ou queijo. Era tudo contado. Gente remediada comia presunto somente em viagem ou quando adoecia.
Aqueles momentos voltaram durante o coquetel servido no Masp, após a homenagem do Conselho Regional de Biblioteconomia a algumas pessoas que contribuíram para este mundo essencial na cultura de qualquer país, as bibliotecas. Apanhei o meu prêmio que leva o nome de Laura Russo, a mulher que conseguiu a regulamentação da profissão em 1962 e foi diretora da Mário de Andrade, biblioteca ícone em São Paulo. Na hora de agradecer, cada um tinha dois minutos, igual ao Oscar, mas, igual ao Oscar, cada um falou quanto quis, uns menos, outros mais. Lembrei as minhas bibliotecas. A primeira, a do meu pai, sempre por mim celebrada, enorme para a época, tratando-se de um ferroviário. Nela, líamos juntos, ele e eu. A segunda, a da escola de Lourdes Prada, em Araraquara, onde fui apresentado à clássica Coleção de Contos de Fadas do Mundo, da Editora Vecchi, abrindo meu mundo.
Uma vizinha, Odete Malkomes, possuía O Tesouro da Juventude completo, mantido em uma estante fechada. Odete agia como uma espécie de bibliotecária, emprestava um volume por vez, verificava as condições do retorno, se o livro estava limpo, sem manchas, sem páginas arrancadas. Uma parente, Maria do Carmo Mendonça, tinha toda a Coleção Infantil Melhoramentos (adoraria rever aquele conjunto deslumbrante de cem livros), cujo número 1 foi O Patinho Feio. Maria do Carmo também era meio bibliotecária, emprestava, marcava o que emprestava, vigiava, pedia de volta numa data estipulada, sob pena de nunca mais emprestar, ameaça que me fazia tremer. Com ela aprendi a ler no prazo.
Não me esqueci de Marcelo Manaia, que regeu a Mário de Andrade de Araraquara (lá também tem uma) por anos. Quando ele chegou, havia uma norma moralista que determinava: os livros "fortes" deviam ficar trancados, emprestados somente a maiores de idade. Entre os "fortes" estavam Jorge Amado e Pittigrilli. Pois Marcelo, filho de um italiano consertador de sanfonas, simples, intuitivo, espírito aberto, assumiu e liberou geral, entregava Jorge Amado às moçoilas e até indicava as páginas em que havia cenas picantes. Gerações inteiras leram todos os livros legíveis que ali existiam. Livros ilegíveis? Sim! Quem ia ler a coleção da Revista dos Tribunais, imensa, em "jurídiquês" hermético?
Bibliotecas têm um cheiro especial, atmosfera própria, uma luz particular. Quanto às bibliotecárias, identifico-as pelo olhar. Olhem nos olhos delas, logo verão se gostam do que fazem. Elas têm viço, como se dizia. Levam uma chama nos olhos quando estão entre livros. Circulam pelos corredores entre estantes de modo desenvolto, em passos leves de dança. Por menor que seja a biblioteca pública, elas têm orgulho do que fazem, conhecem o papel que desempenham. Pena que ganhem tão pouco, lutem tanto para manter a dignidade e o sustento. Maria Cristina Barbosa de Almeida, agora à frente da Mário de Andrade de São Paulo - restaurada, refeita, revitalizada -, disse bem sobre a penúria das funcionárias, das gratificações que chegam atrasadas e em parcelas. Ela sintetizou a vida de bibliotecárias, que trabalham por amor aos livros, às literaturas e por nós, autores. Diante de uma bibliotecária devíamos nos curvar em reverência.
Biblioteca, ah, bibliotecas. Encerrei semana passada em Itapeva um circuito de seis cidades, nas quais falei sobre as bibliotecas públicas. Passei por Itanhaém, Eldorado, Ilha Comprida, Cananeia, Apiaí, Itapeva. Plateias maiores e menores, no meio de livros, envolvidos pelo cheiro de papel velho e papel novo, nos reuníamos em conversas informais, mostrando que literatura é prazer, não uma coisa inacessível, como querem os acadêmicos. A Viagem Literária que fiz pela terceira vez é o programa que leva escritores para 70 cidades paulistas, num total de 350 eventos, com muitas falas, perguntas, fotos em celulares, cafezinhos, sucos, bolos, biscoitos e broas de milho feitas muitas vezes pelas próprias bibliotecárias. Ao voltar, a caminho de São Paulo, vim me lembrando de uma viagem, no tempo em que a TIM levava autores pelo interior de vários Estados. Programa que acabou, uma pena. Certa vez, em Monte Carmelo, Minas Gerais, ao visitar a biblioteca na hora do almoço, encontrei-a sob os cuidados de uma faxineira, que nada sabia da localização dos livros, de autores ou de quantos volumes havia. Fiquei desanimado, pô, uma faxineira? Que descaso! Arrependi-me de meu preconceito ao conversar com ela:
- E a senhora gosta da biblioteca?
- Adoro esta hora. Todo mundo sai para comer, fico sozinha, quietinha, não preciso lavar banheiros e salas. Apanho um livro, outro, acostumei a ler. É gostoso, saio voando, esqueço o mundo. Que nunca percebam que leio os livros, se não me tiram daqui.
Não, não tirariam, o mundo não é ruim assim.

Impressão sob demanda.

Fonte: O Estado de S. Paulo. Data: 8/06/2011.
Autora: Raquel Cozer.
Representantes da Bibliolabs, empresa de digitalização de livros que fechou parceria com a Singular no passado, desembarca aqui este mês, informa a coluna Babel. A meta é conversar com bibliotecas como a Nacional e a da USP para digitalização de títulos, para então vendê-los em impressão sob demanda, com parte do lucro indo para as instituições. Os criadores da Bibliolabs, que no passado venderam para a Amazon o atual serviço de impressão sob demanda da loja, voltaram ao noticiário há pouco com o aplicativo mais baixado para iPad na categoria livros, com o acervo da British Library.

Amazon mais perto

Fonte: O Estado de S. Paulo. Data: 18/06/2011.
Autora: Raquel Cozer.
O peruano Pedro Huerta, executivo da Amazon na América Latina, estará pela primeira vez no País na semana que vem. De acordo com a coluna Babel, ele participará de uma apresentação para editoras na sede da CBL, em São Paulo. O interesse principal não é abrir uma loja brasileira, e sim conseguir conteúdo em português. No momento em que houver conteúdo o suficiente, a loja, ainda sem data definida, pode se tornar realidade.

Biblioteca Britânica e Google fecham acordo para digitalizar 250 mil livros

Fonte: BBC Brasil. Data: 21/06/2011.
A Biblioteca Britânica e o Google anunciaram, na segunda-feira (20/6), uma parceria para digitalizar 250 mil livros do acervo da biblioteca. Os artigos que serão digitalizados não possuem restrições relativas a direitos autorais. Os títulos, que abrangem um total de 40 milhões de páginas, datadas de 1700 a 1870, foram selecionados pela Biblioteca Britânica e serão digitalizados pelo Google, que irá arcar com todos os custos do processo. Entre os primeiros itens a serem digitalizados estão, panfletos feministas a respeito da rainha Maria Antonieta, de 1791, um documento sobre o primeiro submarino movido por um motor de combustão, de 1858, e um texto que oferece relato detalhado de um hipopótamo empalhado do príncipe de Orange, de 1775.
Uma vez digitalizados, os textos poderão ser consultados na íntegra, baixados e lidos por meio do programa Google Books. Pesquisadores e estudantes, em qualquer parte do mundo, poderão ter acesso aos itens digitalizados, copiá-los e compartilhá-los desde que o façam sem fins comerciais. A parceria com o Google é o mais recente acordo firmado pela Biblioteca Britânica com entidades privadas para digitalizar a coleção da biblioteca.
Recentemente, a instituição anunciou uma parceria com a editora on-line britânica Brightsolid para digitalizar 40 milhões de páginas de sua coleção de periódicos e já havia firmado anteriormente um acordo com a Microsoft para digitalizar 65 mil livros do século 19, alguns dos quais estão disponíveis atualmente por meio de aplicativos do iPad, da Apple.

17 de jun. de 2011

Repositório de literatura cinzenta

URL: www.opengrey.eu/
Foi lançado o Repositório Open Grey, sucessor do OpenSigle, que foi uma iniciativa do INIST-CNRS da França para transferir o conteúdo de um banco de dados comercial para um ambiente em acesso aberto. O repositório inclui os resultados de 25 anos de recolhimento e indexação da literatura cinzenta pelos parceiros europeus. Desde 2008, os preprints das conferencias sobre literatura cinzenta estão sendo incluídos no Open Grey fornecendo o texto completo dos resultados das pesquisas feitas no campo da ciência da informação.
Maiores detalhes no endereço:
GreyNet International
Grey Literature Network Service
Javastraat 194-HS
1095 CP Amsterdam Netherlands

Brasil é lanterna no acesso à informação

Fonte: Valor Econômico. Data: 17/06/2011.
Autores: Ana Paula Grabois e Luiz Felipe Marques

A defesa do sigilo eterno pelo governo trata-se de um retrocesso no processo de abertura de informações pelo qual o país vinha passando depois da redemocratização, avaliam especialistas.
Em ranking elaborado pelo Centro Knight para o Jornalismo das Américas, o Brasil é um dos mais atrasados no tema. Entre nove nações da América Latina, muitas das quais passaram igualmente por ditaduras, o Brasil só está em situação melhor que Paraguai e Venezuela.
A historiadora da Universidade de Brasília (UnB) Albene Menezes, diz que todos os países trabalham com normas de restrições e prazos para a divulgação de documentos secretos, em alguns casos se baseando em princípios definidos pela Organização das Nações Unidas (ONU).
"Mas a ideia de documentos que se mantenham secretos para a eternidade é um absurdo. Ainda mais quando apoiada por pessoas que poderiam proteger passagens de seus próprios governos", diz. Além disso, afirma, países que buscam regulamentar a questão, geralmente, avançam na abertura dos documentos e não o contrário, como ocorre agora.
Para a historiadora, o problema não se restringe a questões da ditadura, mas também a episódios como a Guerra do Paraguai, como afirmaram os ex-presidentes e senadores José Sarney (PMDB-AP) e Fernando Collor (PTB-AL). Os documentos poderiam envolver questões com o Paraguai, que perdeu parte de seu território com a guerra. A historiadora, contudo, defende que o país não deveria "esconder a sua história, mas resolvê-la".
Albene cita a Alemanha como um país que resolveu bem a questão do sigilo. Depois da reunificação alemã, o país abriu o acesso a arquivos do governo, em paralelo à legislação. Na América Latina, a Argentina, o Chile e o Uruguai também liberaram a consulta a documentos, o que ocorreu por meio de decretos ou legislações específicas para a questão.
O historiador Francisco Doratioto (UnB), autor do livro Maldita Guerra, sobre a Guerra do Paraguai, afirma que "soa muito estranho guardar documentos". "Numa sociedade democrática, a transparência dos atos públicos é uma das características", afirma. Ele até entende a preocupação d o ex-presidente José Sarney e Fernando Collor por conta de questões da delimitação das fronteiras, mas acredita que pouca novidade deve haver nesses arquivos denominados ultrassecretos.
Durante a pesquisa do livro, em 1998, um arquivo da Guerra do Paraguai foi aberto. Nada havia de inédito no material. "O conteúdo era absolutamente risível. Quase tudo que estava guardado ali tinha sido publicado no século XIX", conta o historiador. Doratioto questiona se a documentação em xeque atualmente seja tão delicada a ponto de criar problemas ao processo de integração da América do Sul e sugere a criação de uma comissão de especialistas para avaliar o conteúdo.
"A pergunta é se essa documentação tida como confidencial sobre o Acre ou o Paraguai é inédita. Sabemos muita coisa, como se deu, sabemos que Acre era reconhecido como boliviano pelo Estado brasileiro", afirma. "Eventualmente o que o senador Sarney tenha considerado que era uma informação exclusiva talvez não seja mais", completa.
Já o ex-ministro das Relações Exteriores de FHC Celso Lafer e atual presidente da Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de São Paulo (Fapesp) diz ver sentido apenas no sigilo de negociações em andamento. Passados alguns anos, defende a abertura das informações.
Lafer não vê dificuldades ao governo brasileiro se o sigilo das informações for quebrado. "Acho até contraproducente", diz, sob o argumento de que o sigilo eterno pode gerar desconfiança nos outros países com quem o Brasil tenta fomentar integração. Sobre o posicionamento dos ex-presidentes Sarney e Collor, o ex-ministro Lafer afirma não ter "nenhuma explicação sobre o assunto".
Na análise do coordenador do Fórum de Direito de Acesso à Informação Pública, Fernando Oliveira Paulino, também professor da UnB, sem uma legislação específica e condizente com a de outros países desenvolvidos, o Brasil fica "atrasado e com um déficit em memória e história com sua própria população".
A falta de legislação também poderia ser um empecilho para futuros investimentos estrangeiros no Brasil, visto que não apenas documentos já publicados estariam cobertos por uma eventual lei, mas também decisões de governos atualmente no poder. Paulino cita o México como um país que desenvolveu bem a questão de acesso a informações econômicas.

Evento: II Encontro Nacional do LexML Brasil

Local: Auditório do Tribunal Superior do Trabalho (Brasília - DF).
Data: 30 de Junho de 2011
O Comitê Gestor do Portal LexML e a TIControle (Comunidade de Tecnologia da Informação Aplicada ao Controle), em comemoração aos dois anos de inauguração do Portal LexML, estão organizando o II Encontro Nacional do LexML Brasil que será realizado no dia 30 de junho no Auditório do TST em Brasília.
Programação:
14:00 horas
Abertura: Cláudia Lyra Nascimento - SGM/Senado Federal (Secretaria Geral da Mesa); Doris Marize R. Peixoto - DGER/Senado Federal (Diretoria Geral).
14:30 horas
Palestra: "Inclusão Legal com o LexML Brasil: Visão Geral". Edilenice Passos - SIDOC/Senado Federal (Secretaria de Informação e Documentação).
15:10 horas
Palestra: "Compilação de Textos Normativos". Marilene Sow - CEDI/Câmara dos Deputados (Centro de Documentação e Informação); Tiago Alves Almeida - SSINF/SIDOC/Senado Federal (Subsecretaria de Informações).
15:50 horas
Palestra: "Modelo de Requisitos para a Gestão da Informação Jurídica - SILEX". João Lima - Prodasen/Senado Federal (Secretaria Especial de Informática).
16:30 horas
Mesa Redonda: "Desafios da Estruturação e Organização da Informação Infralegal". Mediação: Edilenice Passos - SIDOC/Senado Federal (Secretaria de Informação e Documentação).
Expositores: Alexandre Torres de Araujo - Min. Fazenda/RFB/COSIT/DISIS (Divisão de Sistematização e Disseminação de Normas); Valéria Porto - Min. Planejamento, Organização e Gestão/SRH/DENOP (Departamento de Normas e Procedimentos Judiciais); Marina Pereira da Silva - Min. da Saúde/CGDI (Coordenação-Geral de Documentação e Informação); Arlan Morais de Lima - STJ/Biblioteca/BDJUR (Biblioteca Digital Jurídica).

Trabalhos aprovados para o Fórum Bibliotecas Públicas

Fonte: Biblioteca Nacional. Data: 15/06/2011.

A Coordenação Geral do Sistema Nacional de Bibliotecas Públicas - CGSNBP, da FBN, divulga a relação dos trabalhos aprovados para o II Fórum sobre Bibliotecas Públicas: serviços de informação e mediação de leitura, que será realizado nos dias 8 e 9 de agosto de 2011, no XXIV Congresso Brasileiro de Biblioteconomia e Documentação - Maceió/AL.
Trabalhos aprovados para o Ii Fórum Sobre Bibliotecas Públicas: Serviços de Informação e Mediação de Leitura.
Autores (As) e título do trabalho:
  • Alberto Calil Junior. Bibliotecas Públicas nos ambientes virtuais: possibilidades de construção de um novo objeto?
  • Alex Gomes Guizalberth. Carro-biblioteca uma ação possível.
  • Aline Pereira da Costa, Miriam Stela Blonski. Projeto "Ler pra Valer em Todos os Cantos".
  • Ana Paula Lima dos Santos e Leandro Martins Cota Busquet. A mediação da leitura nas bibliotecas públicas: uma realidade no Município de Casimiro de Abreu (RJ).
  • Charlene Kathlen de Lemos, Lúcia Maciel Barbosa de Oliveira. Bibliotecas dos Centros Educacionais Unificados: potencialidades e limitações.
  • Daniele Achilles. Bibliotecas públicas na sociedade brasileira.
  • Edilane Neves. Leiturart: leitura, educação, texto, universilidade, arte e redação em trindade.
  • Jeferson Leandro Garcia. Bibliotecas públicas e a formação de leitores.
  • Juliano Trevisoli, Claudio Marcondes de Castro Filho. Políticas públicas para as bibliotecas municipais de Ribeirão Preto.
  • Luciana Melo. Muito além das estantes: I acampadentro da biblioteca baseado no conto de Andersen “Olé Lukoeje”.
  • Marcos Paulo Farias, Irenilda da S. Medeiros, Giulianne Monteiro Pereira, Laudenice Rodrigues
  • Bezerra, Arienne Souza Soares. As ações do telecentros comunitários nas bibliotecas públicas: do objetivo à necessidade.
  • Maura Esandola Tavares Quinhões. Rodando as leituras no IBC com a estante circulante: a extensão universitária da UNIRIO na formação de leitores.
  • Nanci Gonçalves Nóbrega. Serviço de informação e mediação de leitura: um projeto para entrelaçar Emília, Don Quixote e Conselheiro Acácio.
  • Rosiane Justino Rodrigues, Esdras Renan Farias; Dantas, Iraci Gomes da Silva. BiblioSESC: serviço de informação e mediação da leitura.

Multinacionais juntam forças para lançar serviço de e-book

Fonte: TechTudo. Data: 14/06/2011.
Autora: Daniele Monteiro.

A Amazon revolucionou o mercado de livros quando lançou o Kindle. Hoje podemos comprar um livro da Amazon sem precisar esperar semanas para recebê-lo. Pagou, recebeu instantaneamente no eReader. Desse tempo para cá surgiram milhares de eReaders de várias marcas, cada um com uma loja prória e distribuição diferente, ou seja, o usuário ficava refém do fabricante
Mas no Japão o cenário está mudando com um acordo interessante, quatro pesos pesados da indústria de tecnologia - Sony, Panasonic, Rakuten e Kinokuniya - juntaram forças para unir o mercado de eReaders.
Todas continuarão fabricando seus próprios aparelhos, a unificação ficou na venda. O usuário poderá comprar o livro e lê-lo em qualquer eReader dessas companhias. Desta forma, quando o consumidor japonês comprar um livro eletrônico, o livro não vai ficar preso à uma plataforma eReader, como acontece hoje com o Kindle da Amazon, e sim, ele ficará ligado ao usuário, o que permite que o livro possa ser passado para outro eReader no caso de troca do aparelho.
Esse é um grande passo na indústria de livros, mas não há perspectivas dessa plataforma ser mundial, ficando restrita apenas ao mercado japonês. Também as empresas não se pronunciaram quanto à possibilidade de incluir o Kindle da Amazon na plataforma unificada de venda de livros eletrônicos, deixando de fora parte do mercado americano.

Concurso premia boas práticas de uso do livro didático

Fonte. MEC. Fundo Nacional de Desenvolvimento da Educação.
Data: 15/06/2011.

O Fundo Nacional de Desenvolvimento da Educação (FNDE) lançou nesta quarta-feira, 15, o concurso Ações Inovadoras no Livro Didático. A iniciativa visa premiar e difundir boas práticas de escolas públicas e de secretarias estaduais e municipais de educação voltadas ao remanejamento, à conservação e à devolução dos livros didáticos distribuídos pelo governo federal.
Segundo a coordenadora geral dos programas do livro do FNDE, Sonia Schwartz, o concurso é uma forma de reconhecer a gestão educacional eficiente. “Ideias simples, criativas e aplicáveis à realidade local fazem toda a diferença no ambiente escolar”, afirma.
Premiação – Para incentivar gestores e professores no cuidado com o livro didático, a autarquia buscou uma premiação atrativa, que vai além de troféus e certificados para os primeiros colocados. As equipes vencedoras vão ganhar também os 361 livros do Programa Nacional Biblioteca da Escola e da Coleção Educadores, além de passagens e hospedagem para apresentar suas experiências no 13º Encontro Técnico Nacional dos Programas do Livro. O evento ocorrerá em Curitiba, no Paraná, de 4 a 7 de outubro.
Inscrição – Os interessados em participar do concurso devem acessar o regulamento, a ficha de inscrição no sítio do FNDE. Depois de preenchê-los conforme orientações do regulamento, basta enviar os documentos por mensagemEste endereço de e-mail está protegido contra spambots. Você deve habilitar o JavaScript para visualizá-lo. eletrônica até 14 de agosto. O resultado sai em 14 de setembro.