Fonte: EasyCoop. Data: 22/11/2012.
Em Mirassol, cidade que fica a 455 km da capital paulista, a catadora de
recicláveis, Cleuza Aparecida Branco de Oliveira, 47, que é apaixonada por
leitura, tem feito algo especial para os outros catadores.
Ela sempre cultivou o sonho de ter uma biblioteca na sua casa e de poder
emprestar livros para as pessoas que não tem dinheiro para comprar um.
Cleuza de tanto ver obras de grandes escritores no lixo, como Machado de
Assis, José Saramago e Érico Verissimo, passou a ler estes livros encontrados
no meio do lixo e pôde realizar o seu desejo ter uma biblioteca.
Ela foi guardando os livros e inaugurou a biblioteca, não na sua casa,
mas na cooperativa, da qual faz parte.
O acervo que Cleuza criou, já conta com 300 títulos. O espaço criado e
administrado por 11 catadores tem, além da biblioteca, um brechó,
brinquedoteca, uma área para discos e local para a leitura dos livros.
Os livros são emprestados gratuitamente, mas quem quiser pode comprar os
títulos repetidos, que custam R$ 0,50 cada um. O dinheiro vai para a própria
associação.
O projeto teve tanto sucesso que empresas de Mirassol têm feito doações,
o que possibilitará a ampliação da área, de acordo com Cleuza.
A catadora Cleuza, de forma simples, está contribuindo para que outras
pessoas da associação de catadores possam ter acesso a livros e entrarem no
maravilhoso mundo da leitura.
Nota do blog:
As ações da comunidade são sempre bem vindas. O problema é que esse tipo de ação nem sempre alcança resultados permanentes. Aqui se vê a falha das autoridades municipais de Mirassol (SP) em não prover acesso à leitura a um percentual maior da população. Cleuza, a "catadora de livros", merece elogios. Agora, a sua ação deve ser complementada por políticas públicas na área de leitura.
Murilo Cunha
Nota do blog:
As ações da comunidade são sempre bem vindas. O problema é que esse tipo de ação nem sempre alcança resultados permanentes. Aqui se vê a falha das autoridades municipais de Mirassol (SP) em não prover acesso à leitura a um percentual maior da população. Cleuza, a "catadora de livros", merece elogios. Agora, a sua ação deve ser complementada por políticas públicas na área de leitura.
Murilo Cunha
Nenhum comentário:
Postar um comentário