25 de nov. de 2015

Dourados (MS): uma biblioteca por escola

Fonte: O Progresso. Data: 24/11/2015.
Dourados será a segunda cidade do Brasil que já está implantando a Lei 12.244/10, com quase 100% de bibliotecas escolares funcionando em prol da Educação de qualidade. Hoje, 90% das escolas de Dourados possuem bibliotecas. Essa é mais uma ação do prefeito Murilo Zauith, que busca melhorar ainda mais a qualidade da educação no município e, ao mesmo tempo, incentivar a leitura.
As escolas que não têm espaço de leitura possuem Cantinho de Leitura, Mala Viajante e Baú Encantado. “Todas as bibliotecas possuem projetos de leitura em conjunto com professores de língua portuguesa, história, artes e língua inglesa”, disse a bibliotecária da Secretaria de Educação, Rose Liston.
Ela explica, ainda, que na administração do prefeito Murilo, a perspectiva é implantar legalmente o Núcleo de Bibliotecas, que ficará responsável por todo processo de acervo, projetos pedagógicos e formação continuada de auxiliares de biblioteca.
A bibliotecária lembra que todo o trabalho com as bibliotecas municipais está sendo realizado desde 2013, quando foi realizada avaliações da situação de todas as escolas. Foram visitados 45 estabelecimentos de ensino do município. “Diante desse diagnóstico, preparamos formações específicas para que todas as auxiliares começassem a verificar que os pontos negativos deveriam ser mudados”, explica Rose Liston. As ações efetivamente concretizadas neste programa foram ampliações, adaptações, acervo e formação de pessoal.
As bibliotecas escolares passaram por reformas internas, algumas foram ampliadas, acervos reestruturados com a aquisição de livros pelos diretores e doação recebida do Plano Nacional da Biblioteca Escolar.
Ela lembra ainda que todas as auxiliares vêm recebendo formação continuada desde 2013, incluindo atendimento de pessoal, curso de Libras, projetos de leitura em conjunto com as professoras de língua portuguesa, processo de descarte, restauração de obras literárias, adequação do acervo por faixa etária, ética no ambiente de trabalho e formando contadores de história.

“Essas ações implicaram na melhoria dos índices educacionais, principalmente na utilização desses espaços que não eram utilizados de maneira pedagógica, hoje, são espaços de leitura, pesquisas e estudos”, explica a bibliotecária.

Biblioteca do Museu de Astronomia ganha novas instalações

Autoria: Akemi Nitahara.
Fonte:  EBC. Data: 23/11/2015.
O novo prédio da Biblioteca do Museu de Astronomia e Ciências Afins (MAST) foi inaugurado hoje (23) encerrando as comemorações de 30 anos da instituição. Especializada em astronomia, história da ciência, museologia, patrimônio de ciência e tecnologia, a biblioteca é aberta ao público, com visita de segunda a sexta-feira. O MAST fica em São Cristóvão, na zona norte do Rio de Janeiro, no mesmo terreno do Observatório Nacional.
O novo espaço foi batizado de Henrique Morize, astrônomo francês naturalizado brasileiro que participou da Missão Cruls e foi diretor do Observatório Nacional por 20 anos. São três pavimentos, com área total de 1.200 m², equipado com salas de consulta, espaços multimídia, três salas de aula, uma sala de professores e a secretaria do Programa de Pós-Graduação em Preservação de Acervos de Ciência e Tecnologia (PPACT). A construção custou R$3 milhões e foi financiada com recursos da Financiadora de Estudos e Projetos (Finep), órgão vinculado ao Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovação.
O novo prédio é espaçoso, com instalações modernas para consulta ao acervo. No próximo ano está prevista também a instalação de uma videoteca e uma biblioteca infantil, com área para oficinas.
Bibliotecária da equipe do Mast, Lúcia Lino destaca que o espaço anterior, uma sala de 105 metros quadrados dentro do próprio museu, já não comportava o tamanho do acervo, que chegou a 27 mil títulos, e todos os serviços oferecidos aos diferentes públicos. “É um ganho indescritível. A gente atendia o usuário, estudante, pesquisador, tudo. As pessoas consultavam a internet, tiravam xerox, tudo no mesmo lugar. Aqui [no primeiro andar] é o espaço para quem quer estudar, fazer uma pesquisa na base. Lá no espaço de inclusão digital vai ter as atividades culturais, vai receber grupos de escola”.
Durante a cerimônia de inauguração, também foi assinado o acordo de comodato do acervo da Academia Brasileira de Ciências (ABC), que ficará sob os cuidados do Mast. São 5.568 livros, 2.167 obras e periódicos de referência, 2.973 trabalhos acadêmicos, 1.751 folhetos e 386 obras raras ou especiais.

A diretora do Mast, Heloísa Bertol, explica que a instituição pretende ser oficialmente a fiel depositária do patrimônio científico e tecnológico brasileiro, função que, de acordo com ela, já exerce. Para isso, será apresentado um projeto para aprovação no Congresso Nacional.  De acordo a diretora, isso vai oficializar o que já está sendo feito, que é a preservação dos acervos, tanto documentais - os arquivos particulares dos cientistas - quanto os instrumentos científicos que vêm de outras instituições. "Isso dá uma garantia às pessoas que depositam esse material aqui, de que vai ser guardado perenemente", afirma. (...)

Historiador de Lagos quer fazer expedição à Oxford em busca de livros roubados

Autoria: Bruno Filipe Pires.
Fonte: Barlavento (Portugal). Data:
URL: http://barlavento.pt/destaque/historiador-de-lagos-quer-fazer-expedicao-a-oxford-em-busca-dos-livros-roubados-ao-bispo
O historiador José António Martins quer acabar com uma dúvida de 400 anos. Em 2016 pretende fazer uma expedição à Bodleian Library, em Oxford. O objetivo é autenticar o espólio de livros roubados pelo conde de Essex ao bispo do Algarve, durante o ataque e saque à cidade de Faro, em julho de 1596. Em que estado estão hoje? Quantos são na realidade? Quem os terá lido?
A ideia não surge do nada. Há vários anos que José António Martins se dedica a estudar a vida e a obra de D. Fernando Martins Mascarenhas, «um homem extraordinário, cuja personalidade, conhecimento jurídico, importância política e cultural, muito marcaram esta região. Fundou várias igrejas, colégios e conventos, e a própria organização da diocese do Algarve, como a conhecemos hoje, tem os seus fundamentos na estrutura que desenhou no século XVI».
Numa altura em que não existiam em Portugal muitas bibliotecas, ou «livrarias», o bispo do Algarve teve o infortúnio de ver a sua coleção particular saqueada. «Estamos a falar em obras que moldaram o pensamento europeu nos séculos XVI e XVII».
Para José Martins é importante conhecer finalmente a totalidade do espólio e estado em que se encontra. Apenas se conhece um inventário, dos anos 1920, curiosamente, trazido nos anos 1980, pela viúva do professor José António Pinheiro e Rosa, homem da cultura de Faro, que teve o cuidado de o copiar durante um curso de inglês que frequentou em Oxford.
«Da doação feita pelo conde de Essex à Bodleian Library de Oxford, numa totalidade de 176 títulos (215 volumes), mais de 60 pertenciam a D. Fernando Martins Mascarenhas, conforme se depreende pelo seu escudo de armas dourado colocado nas encadernações. Destes, mais de 40 são títulos teológicos e de conteúdo religioso e quase 20 de teor jurídico», explica José António Martins.
A este número, há ainda um outro, manuscrito sobre a «Vida do glorioso São João Batista», por António Pereira, «que tem uma dedicatória do autor» ao bispo. Tem a particularidade de ser o primeiro «exemplar manuscrito a entrar nesta biblioteca, quando abriu as portas a 8 de novembro de 1602», destaca. «Seria importante termos em Portugal uma cópia em suporte digital», opina.
Por outro lado, «será que esses livros estão ainda na Bodleian Library? Ou estarão em alguma biblioteca europeia ou internacional, a título de empréstimo para estudos ou exposições internacionais?», questiona. Terão outros ido parar a mais bibliotecas?
E quem as terá estudado ao longo destes séculos? «Será que o próprio bispo, nos seus serões à luz das velas, não terá anotado os seus livros? Já viu o que é descobrir essas notas hoje?» e relacioná-las com a vida e obra daquele que foi também reitor da Universidade de Coimbra.
Para este historiador, a viagem de estudo a Oxford é «um trabalho inédito e particularmente oportuno para melhor se entender a história da cultura portuguesa e europeia do período de Quinhentos». Há cerca de um ano, José António Martins apresentou a sua expedição à Direção Regional de Cultura do Algarve, que a remeteu para Lisboa. «Ainda aguardo uma resposta», diz.
Contactadas as câmaras dos municípios onde o bispo teve uma grande influência, assim como um papel importante no desenvolvimento socioeconómico do Algarve do século XVI (salvaguardando, como tudo indica, interesses económicos de cristãos-novos do Algarve), apenas a autarquia de Loulé respondeu, disponibilizando uma verba de 500 euros.
José Martins não esconde que é mais difícil empreender um projeto deste tipo a título pessoal. «Seria mais fácil se estivesse enquadrado no âmbito de uma associação». O historiador está disponível para colaborar com algum coletivo interessado em abraçar a iniciativa. Seja como for, promete não desistir.
«Já fiz contatos preliminares com a Biblioteca de Oxford e com os responsáveis do fundo documental, onde os livros se encontram depositados», pelo que o primeiro passo já está dado.

Um projeto aberto à comunidade

«Como historiador com experiência em investigações em projetos de variada índole, tanto em arquivos e bibliotecas nacionais e internacionais, julgo reunir as condições para levar a bom porto este projeto. Contudo, sem apoios, nada poderá ser feito», diz José António Martins, que não consegue pagar do seu bolso todas as despesas inerentes à expedição a Oxford. Numa primeira fase, o historiador estima que seriam necessários três mil euros. O suficiente para pagar as viagens, estadia e, sobretudo, o pedido de cópias dos frontispícios das obras com (e sem) as armas do bispo do Algarve. Este primeiro reconhecimento abriria caminho para uma segunda expedição, mais profunda, orçada em dez mil euros, a investir sobretudo em digitalizações de obras. «Torna-se, pois importante que autarquias, empresas e cidadãos, em geral possam colaborar neste projeto, através de donativos e apoios». O historiador sublinha que este crowfunding informal será transparente. «Será passado o respetivo comprovativo (recibo), assim como nas páginas deste jornal será publicado um relatório sobre o trabalho desenvolvido e os nomes» dos que ajudaram a realizá-lo. Quem quiser apoiar a causa, poderá fazer um depósito ou transferência para o NIB 0036 0179 9910 0056 1936 7.

Faro a ferro e fogo

O saque à cidade de Faro, em 1596, foi um dos acontecimentos mais significativos durante os 22 anos que D. Fernando Martins Mascarenhas foi bispo do Algarve (1596/1611). Reza a história que a frota inglesa tinha sido avistada ao largo do Cabo de São Vicente, em finais do mês de junho. Depois do ataque a Cádis, terminado a 16 de julho, julgava-se que o Algarve seria o alvo seguinte do conde de Essex e dos seus corsários. Aliás, o bispo saiu de Faro, à frente de um destacamento militar, a fim de reforçar a defesa de Lagos – onde se esperava que os ingleses atacassem – deixando Faro desprotegida. Assim, a 23 de julho de 1596, perante a falta de resistência com que se depararam, os ingleses decidiram atacar a cidade na manhã do dia seguinte. Chegaram a entrar em São Brás de Alportel. Entre 25 e 27 de julho «os ingleses tiveram tempo para tudo. Saquearam o que entenderam e, no fim, deitaram fogo» a Faro. «Até os sinos e o relógio da torre sineira da Sé foram roubados». No final, só ficaram de pé as igrejas de São Pedro e da Misericórdia. O bispo D. Fernando Martins Mascarenhas ficou sem a sua biblioteca, ou segundo se dizia na época uma «livraria».

Os livros do Bispo devem regressar a Portugal?


Tratando-se de uma biblioteca particular (não pertencendo, na altura, a uma instituição oficial estatal), será que não é legítimo colocar a questão sobre qual o local, onde o conjunto de livros a virem para Portugal, deveriam ser guardados? Fará sentido que os livros roubados durante o saque dos finais do século XVI regressem a Faro? «Porque não, Montemor-o-Novo, terra natal de D. Fernando Martins Mascarenhas ou mesmo a Biblioteca da Universidade de Coimbra, de que foi um dos reitores mais proeminentes, sendo da sua autoria a reforma dos Estatutos dessa Universidade?», contra-interroga José António Martins, para quem isso é uma questão secundária. «E, porque não a Biblioteca Nacional de Lisboa, se efetivamente se se tratam de obras ímpares para a História da Cultura Portuguesa»? A Bodleian Library é «uma das melhores do mundo, suportada financeiramente, em boa parte, se não no todo, por mecenas (ao estilo americano) e dificilmente, os livros, sairiam do seu arquivo para outra parte do mundo», conclui.

Silêncio, por favor

Autoria: Carla Hilário Quevedo.
Fonte: Jornal I (Portugal). Data: 24/11/2015.
URL: www.ionline.pt/481733
 “A pior coisa que vos pode acontecer é tornarem-se frequentadores de bibliotecas”, disse há muitos anos um professor excelente que tive na licenciatura. Lembro-me de ouvir risos e de me rir com a provocação, longe de imaginar que me tornaria precisamente numa “frequentadora de bibliotecas” – em bom rigor, de uma biblioteca em particular. 
Sou uma pessoa feliz quando me sento numa cadeira com o forro meio rasgado – já se organizava um crowdfunding para restaurar as cadeiras desta biblioteca – e aí dedico umas horas do meu dia a procurar livros que me interessam, a ler e a escrever. Mas percebo as razões que levaram o professor a desincentivar a frequência da biblioteca. Queria dizer aos alunos de vinte e poucos anos que tinham de viver “fora dos livros” para os perceber, para não reproduzirem palavras de outros, ideias de outros, sobretudo quando não as compreendiam. Sei que a associação entre a passagem do tempo e a capacidade de compreender o que lemos não está garantida e que nem sempre o leitor mais velho é o melhor leitor. Mas há autores que ganham muito em serem lidos mais tarde na vida, como Freud ou Nietzsche, isto só para mencionar dois gigantes. 
Mas voltemos à biblioteca. Das raríssimas vezes que a frequentei durante a licenciatura ficou a memória de um silêncio sepulcral que fazia daquele sítio um local sagrado com regras próprias, sendo uma delas o silêncio tão procurado por alunos e professores. Lembro-me também de ser muito pouco frequentada, mas talvez essa memória seja falsa. Afinal de contas, foram muito poucas as vezes em que lá entrei durante aqueles anos. Talvez tenha idealizado um sítio pouco atractivo, desconfortável, sem gente e em que não se ouvia uma mosca. Para grande pena minha, esse sítio não existe hoje em dia. Ou se existe, não é aquela biblioteca de que tanto gosto, apesar de os livros estarem sempre a mudar de sítio, coisa que me enerva, e das cadeiras com o forro rasgado. 
“Chiu!” é a expressão mais repetida a partir das 11h da manhã. À tarde, alunos de várias faculdades vão ali ter em bandos para “estudar”. Vejo-os a olhar para os computadores uns dos outros, levantam-se, comem, bebem e falam. Sim, falam imenso uns com os outros. Não sussurram sequer: falam como se estivessem no café. “Chiu!”, ouve-se de repente. Alguma alma desconcentrada e impaciente, penso. Porque uma coisa é estudar no café, onde toda a gente fala e há um ruído permanente de pratos e copos. A diferença entre o café e a biblioteca está na liberdade de expressão que não existe na segunda. Não, não se pode falar. Sim, faz parte das regras estar calado na biblioteca. O que aconteceu aos sinais de “silêncio, por favor”? Terei imaginado que existiam?

Um dia perguntei a uma funcionária se não se importava de chamar à atenção um grupinho que estava a fazer barulho. Disse-me que não valia a pena. A partir daí passei a dedicar parte do meu tempo a mandar calar outras pessoas. Tornei-me desagradável e nada amável. E a culpa não é minha! Faço aqui um apelo desesperado: se quer ir para a biblioteca falar com os amigos, não vá

24 de nov. de 2015

Paraná: dificuldades no movimento associativo

O Conselho Federal de Biblioteconomia e o Conselho Regional de Biblioteconomia da 9. Região, sensibilizados com as dificuldades pelas quais estão passando o Sindicato dos Bibliotecários do Estado do Paraná (SINDIB-PR) e a Associação Bibliotecária do Paraná (ABPR), conclamam a classe bibliotecária do Estado do Paraná à união para que estes órgãos não venham a ter suas atividades encerradas por falta de sindicalizados e associados.
São duas instituições que há muitos anos buscam a promoção da classe no Estado, e fora dele, e cada qual com atividades distintas. O Sindicato tem por objetivo “representar, perante as autoridades administrativas e judiciárias, os interesses gerais dos bibliotecários e os interesses individuais dos associados, relativos à profissão”. A Associação, por sua vez, tem como objetivo congregar bibliotecários, instituições e pessoas interessadas em biblioteconomia e áreas afins.
Convidamo-os a filiarem-se ao Sindicato e a informar à empresa na qual trabalha que o pagamento da contribuição sindical, tributo previsto no artigo 8º, inciso IV da Constituição Federal, bem como nos artigos 578 e seguintes da Consolidação das Leis do
Trabalho, cujo recolhimento é obrigatório e se dá anualmente, com o objetivo de custear as atividades sindicais, seja repassado para o SINDIB-PR.
Conforme correio eletrônico encaminhado pela Presidente do SINDIB-PR, há o risco iminente de interrupção das atividades daquele órgão por falta de pessoas interessadas em contribuir para a promoção da profissão de bibliotecário:
“Lembramos que caso não haja inscrição de chapa para concorrer à nova diretoria, o Sindicato, após o término do mandato da atual diretoria em 08.01.2016, será considerado inativo junto ao Ministério do Trabalho e Emprego e portanto perderá o direito de representar a classe bibliotecária, tanto nos acordos e convenções coletivas de trabalho como em qualquer outra situação que seja necessária a sua participação. Persistindo a condição de não se ter uma diretoria eleita, restará a dissolução do SINDIB-PR”.
É de fundamental importância a composição de chapas com pessoas preocupadas com a defesa dos interesses da classe bibliotecária do Paraná.
A Associação, por sua vez, só conseguirá promover atividades culturais e cursos de atualização com a efetiva participação do profissional bibliotecário. Desta forma, se você possui alguma especialidade e tem disponibilidade de tempo para ministrar cursos, contacte a Associação. Caso tenha interesse em atualizar-se profissionalmente, associe-se, para pagamento de inscrições com preços diferenciados, ou, se quiser apenas associar-se, procure a APBPR.
Somente com a participação efetiva de todos é que fortaleceremos a classe bibliotecária do Paraná.
Ana Lucia Dal Pozzo Mendes
Presidente do Conselho Regional de Biblioteconomia da 9. Região

Regina Celi de Sousa

Presidente do Conselho Federal de Biblioteconomia.

Manifesto da Academia Brasileira de Letras contra redução do ensino de literatura

Fonte: Academia Brasileira de Letras.
A Academia Brasileira de Letras (ABL) divulgou nota manifestando sua preocupação com a constante e gradual redução do ensino da literatura na educação do país, particularmente no Ensino Médio. A decisão foi tomada na sessão acadêmica ordinária. Os acadêmicos ressaltaram que a ABL, “consciente de sua responsabilidade na defesa da língua e na valorização da cultura nacional, associava-se a outras entidades, no propósito de atender ao apelo da Comissão de Educação da Câmara dos Deputados, que se mostrou disposta a ouvir a sociedade sobre o assunto". A iniciativa foi da deputada Maria do Rosário (PT-RS), que propôs a realização de uma audiência pública para debater a situação da leitura e do ensino de literatura na educação básica. Leia abaixo a íntegra da nota enviada pela ABL:
A LITERATURA E A EDUCAÇÃO
A Academia Brasileira de Letras, consciente de sua responsabilidade na defesa da língua e na valorização da cultura nacional, se associa a outras entidades e atende ao apelo da Comissão de Educação da Câmara dos Deputados e vem a público manifestar sua preocupação com a constante e gradual redução do ensino da literatura na educação brasileira, particularmente no ensino médio.
Convencida de que a escola deve desempenhar o papel de promotora da igualdade de oportunidades em uma sociedade democrática, a ABL faz questão de sublinhar que, para grande parte da população brasileira, é o sistema de ensino que tem condições de oferecer os primeiros contatos com a literatura, ao abrir caminhos para a permanência da leitura na vida do cidadão. Assim, a formação de professores, em todos os níveis, deve incluir a oportunidade de contato com a literatura, de modo a que se possam compreender a força e a importância desse legado.
Sabedora de que as obras literárias oferecem uma possibilidade ímpar para diversificar experiências, compreender o outro, confrontar pontos de vista e alargar o horizonte de ideias, bem como refletir sobre valores e reforçar o humanismo e o pensamento crítico, a Academia Brasileira de Letras reitera que o acesso ao universo da literatura é um direito de todos os cidadãos, um patrimônio de todos os brasileiros que não pode ser subestimado.
No momento em que se discute uma Base Nacional Comum Curricular e a Câmara dos Deputados abre o debate sobre a matéria, mais uma vez a ABL insiste na defesa da língua e da cultura nacional como patrimônio inalienável dos brasileiros, alertando para a necessidade de que não se eliminem, nem se reduzam, os espaços de acolhimento da literatura no processo educacional.
Academia Brasileira de Letras

Novembro 2015

Biblioteca Digital de Organizações da Sociedade Civil

A Biblioteca Digital Brasileira de Organizações da Sociedade Civil é uma iniciativa da Associação Brasileira das Organizações Não-Governamentais (ABONG), e compõe o Projeto Compartilhar Conhecimento: uma estratégia de fortalecimento das Organizações da Sociedade Civil (OSC). Patrocinado pela Petrobras, o projeto visa contribuir com o campo das OSC de defesa de direitos e bens comuns com o objetivo de fortalecer sua atuação.
A Biblioteca Digital Brasileira de Organizações da Sociedade Civil é um espaço digital de armazenamento, preservação, divulgação, acesso e compartilhamento da produção do conhecimento das OSC.
Caracteriza-se como uma Biblioteca Digital Temática de acesso livre ao permitir que qualquer pessoa faça download, imprima, pesquise ou referencie o texto integral dos documentos. Cobre as principais temáticas de atuação das OSC do campo da defesa de direitos.
Inicialmente, a Biblioteca Digital Brasileira de Organizações da Sociedade Civil torna disponíveis os conteúdos que compõem o acervo da ABONG e conteúdos que foram coletados nos websites das organizações associadas. A partir desta iniciativa pretende-se ampliar, articular e fortalecer uma rede de coleta, armazenamento e compartilhamento de conhecimentos com vistas a fortalecer a atuação das Organizações em Defesa dos Direitos e Bens Comuns por meio do compartilhamento de conhecimentos
A Biblioteca Digital de OSCs está organizada em coleções que correspondem aos principais temas de atuação das organizações do campo da defesa de direitos. Cada coleção temática pode reunir sua produção em diferentes tipos de documentos - incialmente os conteúdos disponíveis são: livros, relatórios de projetos, relatórios institucionais, artigos e materiais didáticos.
A Biblioteca Digital Brasileira de Organizações da Sociedade Civil está alinhada aos preceitos do Manifesto Brasileiro de Apoio ao Acesso Livre à Informação Científica promovido pelo Instituto Brasileiro de Informação em Ciência e Tecnologia (Ibict), órgão do Ministério da Ciência e Tecnologia, visando promover a constituição de uma nova ética no acesso à produção do conhecimento com vista à democratização do acesso à informação pública.
A plataforma digital foi construída segundo recomendações internacionais para disseminação da informação, visando aumentar a visibilidade e o acesso da pesquisa e a interoperabilidade de toda a produção das OSCs associadas ABONG em Rede. O sistema faz a recuperação dos documentos pelo texto completo ou por meio de buscas simples e avançada e não há limite em relação ao tamanho e formato dos arquivos. Este modelo de gestão para documentos eletrônicos proporciona maior visibilidade à produção de conhecimentos das OSCs, disponibilizando para a sociedade o resultado de suas atividades de atuação, pesquisa, criação e inovação
Foi implementada em conformidade com os padrões tecnológicos criados pelo Open Archive Iniciative (OAI), e utiliza a plataforma DSpace, software livre produzido pela fundação Duraspace e com assessoria da Digital Libraries, especializada em consultoria para Repostórios e Bibliotecas Digitais. Os metadados utilizados para descrição dos documentos digitais seguem o padrão Dublin Core e o sistema CNRI Handle é usado para designar identificadores permanentes para cada documento disponível no Repositório. Adota as licenças Creative Commons para proteger os direitos autorais e ao mesmo tempo garantir a democratização do acesso ao conhecimento. Permite o auto arquivamento de conteúdo, isto é, um processo que possibilita a submissão de conteúdos na plataforma digital pelos próprios produtores, assim a partir desta iniciativa pretende-se ampliar e fortalecer uma rede difusora de informação temática junto às organizações associadas à ABONG.
A adoção desta iniciativa resulta nos seguintes benefícios para as Organizações da Sociedade Civil:
    Promove o acesso público e gratuito para toda a sociedade ao conhecimento produzido no âmbito das OSCs associadas à ABONG;
    Oferece um único ponto de referência para as pesquisas, acessíveis sem barreira de tempo e espaço;
    Aumenta a capacidade de pesquisa, descoberta, recuperação e inovação de conhecimento em ambientes digitais;
    Aumenta a visibilidade da atuação das OSCs e de autoria de diversos atores da sociedade civil brasileira;
    Preserva a longo prazo a memória de conhecimentos das OSCs;
    Inclui a produção de conhecimentos das OSCs no sistema formal de comunicação brasileira nacional e internacional; e
    Facilita a pesquisa interdisciplinar da produção de conhecimento produzidas e acumulas no contexto de atuação das OSCs.

Detalhes no URL: www.bibliotecadigital.abong.org.br

20 de nov. de 2015

Dorinateca com mais de três mil acessos

A Fundação Dorina Nowill para Cegos comemora o resultado alcançado pela sua biblioteca virtual, a Dorinateca. Desde que a plataforma foi lançada, em julho passado, mais de 3.400 pessoas conheceram a proposta e mais de 1.200 downloads foram feitos. No site, as pessoas com deficiência visual podem baixar mais de 4 mil títulos do acervo da instituição e as pessoas sem deficiência podem fazer downloads de títulos de domínio público. Os formatos acessíveis e que estão à disposição, gratuitamente, estão em arquivo para impressão em Braille, digital acessível Daisy e em áudio.

Internet no Brasil alcança 95 milhões de pessoas

Fonte: IBGE. Data: 17/11/2015.
Mais da metade da população brasileira teve acesso a internet no ano passado. Os dados são da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílio (Pnad), realizada pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). O estudo mostra que 95,4 milhões de pessoas com 10 anos de idade ou mais acessaram a rede mundial por meio de um microcomputador em 2014. Isso significa um crescimento de 11,4% no número de usuários em comparação com 2013.
Pela primeira vez a proporção de internautas passou da metade da população residente, saindo de 49,4% em 2013 para 54,4% em 2014. Foram 9,8 milhões a mais de brasileiros navegando na internet. O contingente de pessoas conectadas a rede cresceu em todas as regiões do País: Norte (19,3%), Nordeste (14,6%), Sudeste (9,5%), Sul (10,0%) e Centro-Oeste (12%).

Já a posse de telefone celular para uso pessoal teve um aumento de 4,9% em 2014, com 6,4 milhões de pessoas a mais em relação ao período anterior. Isso totalizou 136,6 milhões de pessoas de 10 anos ou mais de idade com celular, passando de 75,2%, em 2013, para 77,9% no ano passado.

São Carlos: campanha para devolução de livros

Fonte: G1. Data: 18/11/2015.
A Prefeitura de São Carlos (SP) criou uma campanha para estimular a devolução dos 6.730 livros retirados das 11 bibliotecas municipais. Com a ação, chamada de "Perdão", quem esqueceu de devolver os exemplares pode entregar as obras sem multas ou suspensões.
"A gente pede que as pessoas devolvam e que, se conhecem alguém que tem livro em atraso também, que ajudem a divulgar. A gente quer trazer o livro e o leitor novamente à biblioteca", informou a bibliotecária Sônia Maria Pinheiro.
As bibliotecas da cidade emprestam as obras por até 15 dias, mediante a confecção de uma carteirinha, mas muitos se esquecem de restituir os títulos.
Na biblioteca Amadeu Amaral, por exemplo, localizada no Centro, há até um aviso colado na capa dos livros para os mais desatentos, mas ainda assim nem todos devolvem as obras.
"A gente quer um pouco de responsabilidade sobre os nossos livros porque é para todo mundo, principalmente os livros indicados no vestibular", explicou a assistente administrativa da unidade, Mary Tonissi de Figueiredo
Benefícios

O objetivo da ação é aumentar o número de obras disponíveis para frequentadores como Carlos Daniel da Silva Santos, de 15 anos, que costuma ir às bibliotecas com a irmã quando precisa fazer pesquisas para trabalhos de escola. "Tenho que procurar massas moleculares, balanceamento e massa atômica", exemplificou

Biblioteca Pública de New York compra arquivo literário

Autoria: Isabel Lucas
Fonte: O Público (Portugal). Data: 18/11/2015.
A Biblioteca Pública de Nova Iorque anunciou a compra do arquivo da New York Review of Books, um “testemunho único da vida intelectual da segunda metade do século XX nos Estados Unidos”, declarou um dos responsáveis pela compra, na mesma altura em que se anuncia que o espólio da biblioteca será guardado num bunker de betão, equipado com tecnologia avançada a construir nos subterrâneos do edifício do Bryant Park, em Manhattan. Isto acontece depois de em Março ter sido abandonado o plano controverso que previa a mudança do acervo reservado à investigação para Nova Jérsia.
O arquivo recém-comprado à New York Review of Books representa cerca de um quilómetro de prateleiras em linha recta e inclui correspondência entre os editores e fundadores da revista, Robert Silvers e Barbara Epstein, bem como colaboradores regulares como Susan Sontag, Oliver Sacks, Noam Chomsky ou Robert Lowell. Segundo uma notícia publicada pelo The New York Times, os responsáveis pela Biblioteca não revelaram o valor do negócio, mas referiram que está coberto por um donativo. Este arquivo permite entender melhor, por exemplo, um dos períodos de ouro da revista fundada na década de 60 quando fez da cobertura da Guerra do Vietname um das suas grandes apostas editoriais. Muita da correspondência que então se trocou entre editores, correspondentes, analistas e políticos será pela primeira vez revelada além de muito material nunca publicado.
Ainda não há uma data prevista para poder consultar estes documentos, mas sabe-se que os livros que iriam mudar-se para Nova Jérsia vão começar a chegar ao subterrâneo situado quase seis metros abaixo do Bryant Park no próximo mês de Abril e estima-se que no final da Primavera o novo sistema de tratamento e entrega de documentação esteja já a funcionar. Tudo foi pensado para facilitar o acesso aos mais de 135 quilómetros de prateleiras deste bunker. Em vez de estar organizado por assunto, segundo o chamado sistema decimal Dwell, o arquivo estará arrumado por tamanho de documento. Um sistema inovador que parece vir responder às necessidades das grandes bibliotecas que têm cada vez mais dificuldade em atender os pedidos de forma rápida e sem por em causa a manutenção de acervos cada vez maiores. 

A importância de ler para as crianças

Fonte: Deutsche Welle. Data: 11/11/2015.
Na Alemanha, pelo menos um em cada três casais de pais lê, mais de uma vez por semana, para crianças que ainda não sabem ler e escrever. É o que aponta o estudo da fundação Lesen (Ler, em português) divulgado nesta semana. Segundo o estudo, mais que um simples ritual antes de dormir, ler para os filhos regularmente tem um efeito positivo sobre o desempenho escolar deles.
Dos entrevistados, 18% leem um livro por dia para seus filhos. Outros 15% leem menos de uma vez por semana, e 15% simplesmente nunca leem. Já em 2014, o estudo constatou que aproximadamente 30% de todos os pais raramente ou nunca leem para seus filhos na Alemanha.
No Brasil, uma pesquisa de 2012, encomenda pela Fundação Itaú Social ao Datafolha, constatou que 96% dos adultos acreditam que ler para as crianças é importante, mas apenas 37% deles colocam isso em prática. Dos mais de 2 mil entrevistados, 63% não leem para crianças, enquanto apenas 7% leem todos ou quase todos os dias da semana.
Desempenho escolar
De acordo com o estudo da Lesen, a nota média na disciplina Alemão para crianças de oito a 12 anos cujos pais liam diariamente foi sete décimos mais elevada do que entre as crianças cujos pais raramente ou nunca liam. Também em outras disciplinas, como Biologia e Artes, o desempenho do primeiro grupo foi melhor.
Dos adultos leitores assíduos, 84%afirmaram que o filho ia bem na escola. Entre os raros ou não leitores, esse número foi de apenas 33%. Um em cada dois filhos de "pais leitores" considerou seu desempenho na escola bom, contra apenas 12% das crianças que não tinham esse hábito.
As diferenças nas notas não dependem do nível de educação dos filhos, segundo o estudo. As proporções de crianças com notas boas ou muito boas em alemão foram semelhantes em todos os níveis de ensino dos pais. De acordo com as conclusões do estudo, todas as correlações entre leitura e comportamento das crianças nada têm a ver com o grau de formação dos pais.
Responsabilidade
Os livros podem preparar as crianças desde cedo para "o lado sério" da vida. Entre as crianças de oito a 12 anos alfabetizadas, 80% acreditam que seus colegas as consideram "muito confiáveis" ou como alguém que "normalmente nunca se atrasa". "Essas crianças são vigorosas e ativas", diz Simone Ehmig, diretora do Instituto de Pesquisa para Leitura e Mídia, na Alemanha.
"Essas crianças estão mais dispostas, no futuro, a assumir responsabilidades na vida profissional e realizar as coisas de forma criativa", afirma. Entre as crianças que não recebem o estímulo da leitura pelos pais, nem metade se considera confiável e pontual.
Vida social
Além disso, a leitura também tem um efeito positivo sobre a vida social da criança, segundo a avaliação de pais e filhos. Cerca de 90% dos leitores frequentes disseram que o filho "gosta de brincar com outras crianças" e "constrói rapidamente novas amizades". Os pais não leitores disseram que isso é mais raro entre seus filhos.
Os pesquisadores cruzaram dados para verificar se as características positivas são mesmo efeito da leitura. Eles determinaram as experiências sociais das crianças que poderiam ter influenciado de forma similarmente positiva o seu comportamento. O resultado: mesmo as crianças mais isoladas socialmente mostraram características positivas quando tiveram muito contato com a leitura.

O estudo não especificou um conteúdo específico de leitura para cada faixa etária. "Acredito que não dependa tanto do conteúdo", diz Jörg Maas, chefe da fundação Lesen. No ano anterior, a equipe explorou se o tipo de livro importava, e o resultado foi que o tipo de mídia não tem um papel significativo. Pode ser um livro infantil clássico, mas também um tablet ou computador – bom para os pais fãs de tecnologia.

18 de nov. de 2015

Biblioteca de Direito completa 110 anos

Seminário 110 anos da Biblioteca Carvalho de Mendonça.


Quando: 2 de dezembro de 2015

Local: Faculdade Nacional de Direito, Salão Nobre, 2. Andar
Rua Moncorvo Filho, n. 8
Rio de Janeiro, RJ

Inscrições gratuitas: biblioteca@direito.ufrj.br

Horário: 9:30h às 12h; 14h às 16h

Evento: A arte da bibliografia

O II Seminário Internacional “A Arte da Bibliografia: História, Natureza e Relações (Inter) Disciplinares” discutirá a configuração da Bibliografia como disciplina, arte, técnica e discurso. Por outro lado, buscará iluminar o pensamento bibliográfico e demonstrar seu modo de registrar, mapear e representar o conhecimento.

Na segunda edição, duas grandes conferências com Alfredo Serrai (Università degli Studi di Roma) e Fiametta Sabba (Università di Bologna), duas palestras e três mesas temáticas constituirão os debates.

O evento, gratuíto, se propõe um fórum interdisciplinar de atores acadêmicos e de outros perfis de pensadores dedicados aos estudos do livro, do documento e da informação, permitindo o estabelecimento de um cenário propício para a construção de novas abordagens científicas e tecnológicas.

Neste sentido, pretende cobrir as áreas interessadas nos estudos bibliográficos, como Biblioteconomia, Documentação, Arquivologia, Ciência da Informação, Comunicação Social, História, Estudos Literários, Sociologia, Filosofia, História da Ciência etc.

O II Seminário ocorrerá nos dias 03 e 04 de dezembro de 2015, das 9h às 17h, no Auditório Safra da Biblioteca da FEA-USP.
Para mais informações, programação completa e inscrições, acesse: http://www.artebiblio.tk

13 de nov. de 2015

Geladeiras sem uso transformadas em bibliotecas

Fonte: Jornal Cruzeiro do Sul. Data: 12/11/2015.
Três bairros de Araçoiaba da Serra já participam do projeto de biblioteca livre Geladeira do Saber, que consiste em lotar uma geladeira sem uso com livros de livre acesso a população. Iperozinho, Campo do Meio e Monte Líbano são os bairros que já contam com as " geladeirotecas", uma iniciativa do Rotary Club de Araçoiaba da Serra. A meta é atingir mais dois bairros da cidade, mas, para isso, necessitam da ajuda da população com doações de livros.
De acordo com um dos membros da instituição idealizadora, Leandro Portella, não há objeções para títulos ou gênero, mas pedem que as pessoas evitem doar obras que tratem de política ou religião. O que querem, reforça, é que as pessoas tenham acesso a obras interessantes e que despertem o gosto pela leitura. As doações podem ser feitas no Rotary Club de Araçoiaba da Serra (rua Professor Toledo, 642, Centro).
A iniciativa está em vigência há um mês e, mesmo ainda sem um balanço sobre a saída das publicações, Portella conta que a ação tem sido muito bem recebida pela população, que pode ter acesso aos livros sem nenhum tipo de burocracia como cadastro ou tempo de devolução. A orientação dos idealizadores que viram projeto similar e resolveram adaptá-lo à realidade da cidade é que as pessoas peguem o livro e leiam, quando terminar, emprestem a alguém ou devolvam à geladeiroteca e que se divirtam e viajem para o mundo das ideias, pedem eles. "Cada geladeira comporta, em média, 30 livros e, conforme vão saindo, vamos reabastecendo-a", explica Portella sobre a dinâmica de reposição de livros.
As geladeirotecas ficam sempre próximas a algum comércio, são protegidas da ação do tempo e intempéries e, mesmo quando o comércio fecha as portas no fim do dia, elas continuam abertas ao público.

Até o momento, os idealizadores garantem que não registraram nenhum tipo de vandalismo conta as geladeiras - também vindas de doações. (Maíra Fernandes).


Biblioteca Nacional: vazamento molha acervo

Fonte: Folhapress. Data: 07/11/2015.
Um novo vazamento de água na Biblioteca Nacional, no centro do Rio, molhou parte de seu acervo e fechou o espaço, que exibe exposição sobre o aniversário de 450 da cidade.
O acidente, revelado neste sábado (7) pelo jornal "O Globo", ocorreu na última segunda-feira (2), dia em que a biblioteca não abriu, por causa do feriado de Finados. O vazamento foi causado por um estouro em um dos registros de água no terceiro andar do prédio. Um dos brigadistas que trabalha na biblioteca reparou o acidente e desligou o sistema de distribuição, mas ainda assim a água vazou para os andares abaixo. Algumas obras do acervo, computadores, impressoras e o tapete do salão de exposições ficaram molhados.
As gravuras e mapas da exposição sobre os 450 anos do Rio foram retiradas a tempo e não sofreram danos. A reabertura da mostra está prevista para a próxima terça-feira (10). O restante do acervo já está aberto ao público desde sexta-feira (6). A biblioteca, por meio de sua assessoria de imprensa, afirmou que todos os livros que foram expostos à água passaram por secagem, com mata-borrões (folhas que absorvem líquidos) e circuladores de ar, e já estão recuperados, assim como os aparelhos eletrônicos.
Em 2012, o prédio já havia sofrido com vazamentos de água, causados por problemas no sistema de ventilação do prédio. Na ocasião, os funcionários montaram um força-tarefa para evitar a perda de obras importantes do acervo. A deterioração da estrutura da biblioteca, fundada em 1910, tem sido alvo de reclamações dos funcionários e frequentadores do local. Desde o início de 2014, foi dado início a um processo de reforma e, desde então, o prédio se tornou um canteiro de obras.
As intervenções estão ocorrendo em três fases. No início deste ano, foram concluídas as obras no telhado, que custaram cerca de R$ 8 milhões. Atualmente, o sistema elétrico do prédio passa por uma reformulação, iniciada no início de 2015 e deve terminar em 2015, com custo de R$ 4 milhões. Por último, será realizada a reforma da fachada do prédio histórico, que, hoje, está coberta de tapumes. Como ainda será realizada a licitação das obras da parte externa, a direção da biblioteca não divulgou as estimativas de custos e previsão de término da obra.

Os recursos para a intervenção são do Programa de Aceleração do Crescimento (PAC), do governo federal, com empréstimos do BNDES.

Biblioteca comunitária em cemitério

Autoria: Fernanda Miranda e Heloisa Aun.
Fonte: Catraca Livre. Data: 11/11/2015.
No extremo sul da capital paulista, a cerca de 40 quilômetros do centro, está localizada a região de Parelheiros, considerada Patrimônio Ambiental por sua riqueza em recursos naturais. Embora seja a subprefeitura com maior área verde por habitante, também é um dos locais com maior índice de vulnerabilidade social da cidade (Censo 2010 - IBGE).
Tendo em vista a necessidade de ações na região, o Instituto Brasileiro de Estudos e Apoio Comunitário (Ibeac), que trabalha no processo de democratização e empoderamento das comunidades, escolheu se fixar em 2006 no local, que tem os piores indicadores sociais de São Paulo. Assim surgiu a ideia de desenvolver projetos com os moradores, em especial jovens e crianças.
Entre as iniciativas, está a Biblioteca Comunitária Caminhos da Leitura, criada em 2009 dentro de uma Unidade Básica de Saúde (UBS), que meses depois foi transferida para uma casa em um cemitério do bairro de Colônia, em Parelheiros, antes habitada pelo coveiro.
A biblioteca foi pensada como um espaço democrático para toda a comunidade, por meio da literatura e de atividades culturais. No local, são promovidos saraus, cortejos, clubes e mediações de leitura, além de exibições e debates sobre filmes. O Catraca Livre esteve no último sarau, cujo tema foi a morte nas religiões.
O "Sarau do Terror" contou com poesias, histórias assustadoras, música, teatro, além de um tour pelo Cemitério da Colônia, o mais antigo da cidade, fundado em 1829. Atualmente, o projeto é liderado pelos Jovens Escritureiros, um grupo composto por cinco jovens entre 19 e 24 anos, que fazem a gestão e organizam a programação da biblioteca comunitária.
Sobre a importância da iniciativa para a região, a coordenadora do Ibeac, Bel Mayer, afirma: "O investimento na literatura é muito importante. Ela tem o poder transformador que as metáforas fazem na vida da gente. Viver outras histórias faz com que as pessoas se solidarizem e encontrem soluções a problemas parecidos com os seus".
A "Caminhos da Leitura" tem um acervo de aproximadamente 3.500 títulos, entre livros infantis e clássicos da literatura brasileira e internacional, atendendo cerca de 300 pessoas todo mês. O projeto conta com a parceria de nomes como a Companhia das Letras, o Instituto C&A e o Consulado Alemão.
Sidineia Chagas, de 24 anos, está no projeto desde os 17. Ela explica que no início o público frequentador era formado por crianças e jovens, mas agora há uma maior adesão de outras faixas etárias. "A biblioteca é mais do que um espaço de leitura: é um local de encontro, de constituir as necessidades da comunidade, trabalhando com várias temáticas".
Com a organização de debates acerca de temas como feminismo, violência contra a mulher, racismo e desigualdade social, os jovens têm a possibilidade de se empoderar sobre questões fundamentais do cotidiano.
"Isso é transformador para os meninos, as famílias e a própria comunidade, que está entrando na mídia de outro jeito. Há seis anos não encontraríamos uma reportagem falando de eventos literários em Parelheiros. Antes só ouvíamos falar em sequestro, violência e, no máximo, de comunidades indígenas", completa Bel Mayer.
Em reconhecimento ao trabalho realizado na biblioteca, o grupo tem sido chamado para participar de outros eventos literários e culturais em vários estados no Brasil, como a Flip, em Paraty (RJ).

Os encontros da "Caminhos da Leitura" são gratuitos e abertos ao público. A programação pode ser conferida na página do Facebook.

A biblioteca do futuro

Autoria: Heide Mund.
Fonte: Deustche Welle . Data:9/11/2015.
Um burburinho em inúmeras línguas preenche uma das salas da Kölner Volkshochschule, em frente à Biblioteca Municipal de Colônia. Uma "sala de conversação" foi criada na escola para servir de ponto de encontro de refugiados e de todos aqueles que ainda precisam dominar o idioma alemão. Aqui, todos podem aproveitar gratuitamente as ofertas da Biblioteca Municipal, utilizar programas de aprendizado nos computadores ou emprestar livros e jogos.
Além de um espaço de encontro, a "sala de conversação" é palco de leituras em diversos idiomas e disponibiliza materiais didáticos em diferentes línguas. Mentores auxiliam famílias sírias, afegãs e romenas a se adaptar à cidade e à Alemanha.
A biblioteca de Colônia é reconhecida na Alemanha por suas inovações. Em 2015, ela recebeu o título de Biblioteca do Ano, por sua ousadia com projetos midiáticos e pela estratégia de transformar o local num espaço de encontros e não apenas de empréstimo de livros. A ideia não é nova: o conceito de "Makerspace" vem dos Estados Unidos e especialmente da Escandinávia. Na Finlândia e na Dinamarca, as bibliotecas públicas têm como papel serem espaços de conhecimento para todos.
Na Dinamarca, é lei que toda comunidade tenha uma biblioteca em bom estado. E para isso não há economia de verbas, como na Alemanha, por exemplo, onde muitas bibliotecas municipais já precisaram ser fechadas. Para atrair o público jovem, o Estado de bem-estar social dinamarquês criou locais vivos e atrativos, nos quais o empréstimo de livros e mídias tornou-se quase secundário.
Mais que livros
A biblioteca DOKK 1, na dinamarquesa Aaarhus, representa o novo conceito de biblioteca: um local para todos aqueles com fome de conhecimento. A cidade industrial e portuária no sul do país será a Capital Europeia da Cultura de 2017, e, para isso, toda a zona portuária ganhou um projeto arquitetônico completamente novo. E a DOKK 1 está lá, aberta 24 horas e ponto de encontro para jovens e adultos. A transformação num centro de conhecimento foi perfeitamente bem sucedida.
Na biblioteca, não se pode apenas emprestar livros, CDs ou DVDs, mas também estender o passaporte, entregar a declaração do imposto de renda ou emitir a carteira de motorista. A maior biblioteca pública da Escandinávia, inaugurada há alguns meses, é tanto um centro de serviços para o cidadão quanto espaço de conhecimento. Enquanto esperam para serem atendidas, as pessoas leem ou estudam.
A DOKK 1 abriu a cidade de Aarhus para novas possibilidades. Tudo é gratuito e equipado com novas e modernas tecnologias, que incluem uma impressora 3D. Ali, ler romances, escutar música e jogar xadrez no computador é tão importante quanto estudar livros especializados.
Schulz: "As bibliotecas do futuro devem realmente inspirar as pessoas, mesmo sem livros"
Espaços inspiradores
"As bibliotecas do futuro devem realmente inspirar as pessoas, mesmo sem livros", constata Knud Schulz, diretor-geral da DOKK 1. Foram mais de dez anos de planejamento e implementação. Por todos os lados, há espaço para encontros e trocas. Uma área para pais e filhos, sala de brincadeiras, sala de leitura com vista para o porto e zonas de silêncio para estudo dão ao local um caráter cosmopolita.
Para Schulz, o futuro está na aprendizagem ao longo de toda a vida e no intercâmbio de conhecimentos entre gerações – e este é o principal objetivo de seu trabalho na biblioteca. Até um ateliê com máquinas de costura e equipamentos profissionais faz parte da DOKK 1, mostra ele. Jovens poderiam aprender com pessoas mais velhas como consertar uma torradeira estragada em vez de comprar uma nova, acrescenta.

"O conhecimento se forma em espaços que propiciam trocas entre as pessoas", diz Schulz. Um conceito que a Biblioteca de Colônia já começou a adotar, fazendo do aprendizado uma forma de diversão.

Lisiboa: criada biblioteca digital sobre cidadania

Fonte: Lusa. Data: 6/11/2015.
URL: www.rtp.pt/noticias/cultura/observatorio-da-lingua-cria-biblioteca-digital-gratuita-sobre-cidadania_n871766#sthash.11rZY1Ck.dpuf
O Observatório da Língua Portuguesa criou uma biblioteca de livros digitais, sobre cidadania e direitos humanos, destinada sobretudo a crianças e jovens, capitalizando as competências deles no mundo digital. A biblioteca digital, que está já online e é de acesso livre, foi apresentada hoje em Lisboa por Pedro Lourtie, daquele observatório, e pela escritora Isabel Alçada, na conferência internacional do Plano Nacional de Leitura. Este projeto "pretende ir ao encontro da apetência natural que os mais novos têm por estes recursos [tecnológicos].
Uma das formas de tornar a leitura um prazer, mesmo para os mais avessos, é o recurso digital", explicou Isabel Alçada na apresentação. Por enquanto a biblioteca tem 15 livros, alguns álbuns ilustrados, em formato digital, repartidos para diferentes grupos etários, e cujas narrativas abordam temas como igualdade de género, tolerância, racismo e xenofobia. Cada livro tem associado o respetivo audiolivro, a contracapa apresenta os temas abordados e são ainda sugeridas propostas de atividades para professores e educadores.
O portal inclui ainda depoimentos dos escritores que cederam os direitos das obras escolhidas para integrarem esta biblioteca digital. Entre os livros já disponibilizados estão, por exemplo, "Meninos de todas as cores", de Luísa Ducla Soares, "Os amores de Lelé e Capilé", de Carlos Correia, "As rainhas magas", de Ana Maria Magalhães e Isabel Alçada, "Campos de lágrimas", de José Jorge Letria, e "Se só houvesse uma letra", de Inês Pupo. Isabel Alçada elogiou o trabalho que tem sido feito pelas bibliotecas públicas e pelas bibliotecas escolares na promoção do livro e da leitura entre os mais novos, aproveitando todos os recursos tecnológicos disponíveis. Em contexto familiar, "os adultos também podem orientar as apetências digitais das crianças para domínios formativos e de leitura", disse a escritora e ex-ministra da Educação. De acordo com Pedro Lourtie, esta biblioteca digital foi desenvolvida com recursos públicos provenientes da Noruega, da Islândia e do Liechtenstein, através do Programa Cidadania Ativa.
A biblioteca está disponível na página bibliotecalivrosdigitais.observalinguaportuguesa.org, associada ao Observatório da Língua Portuguesa. Em 2013, um estudo desenvolvido pelo Centro de Investigação e Estudos de Sociologia, com base num inquérito feito em 16 países, incluindo Portugal, demostrava que a leitura de livros em formato digital não substituiu a dos livros em papel, mas que existem mudanças por causa da Internet.

O estudo incidia sobre o que significa ler na atualidade e como é que os utilizadores de Internet leem em papel e em digital. No caso de Portugal, apenas dez por cento dos inquiridos disseram ter lido mais de oito livros em formato digital ao longo do último ano, quando a amostra global do inquérito se situou nos 30 por cento. O inquérito internacional permitiu concluir que a leitura em digital, em múltiplos suportes -- telemóveis, `tablets`, computadores - coexiste com a leitura em papel e que o objeto de leitura inclui, além de livros e jornais, textos em blogues, correio eletrónico ou mensagens partilhadas em redes sociais.

10 de nov. de 2015

Quatro cursos de Biblioteconomia recebem nota máxima

O Guia do Estudante da Editora Abril acaba de divulgar as avaliações dos cursos de graduação. No curso de Biblioteconomia somente quatro escolas conseguiram a nota máxima (5 estrelas).
Abaixo a classificação dos cursos de graduação segundo o Guia.

As melhores escolas
5 estrelas
DF Brasília UnB. MG Belo Horizonte UFMG. RS Porto Alegre UFRGS. SP Marília Unesp.
4 estrelas
AL Maceió Ufal. BA Salvador UFBA Biblioteconomia e Documentação. CE Fortaleza UFC. MA São Luís UFMA. PA Belém UFPA. PB João Pessoa UFPB. PE Recife UFPE. PR Londrina UEL. RJ Niterói UFF Biblioteconomia e Documentação. Rio de Janeiro Unirio. RN Natal UFRN. SC Florianópolis Udesc Biblioteconomia (gestão da inf.), UFSC. SP Ribeirão Preto USP Ciên. da Inf. e da Documentação e Biblioteconomia. São Carlos UFSCar Biblioteconomia e Ciên. da Inf. São Paulo USP.
3 estrelas
AM Manaus Ufam. ES Vitória Ufes. GO Goiânia UFG. MG Formiga Unifor-MG n/i. MT Rondonópolis UFMT. PI Teresina Uespi. RJ Rio de Janeiro UFRJ Biblioteconomia e Gestão de Unid. de Inf. RS Rio Grande Furg. SE São Cristóvão UFS
Fonte: Guia do Estudante 2016. Editora Abril.

Evento: Referências bibliográficas


Palestras: Biblioteca Legislativa

Biblioteca Legislativa Municipal: alguns desafios”
Palestrante: Marcelo R. da Silva e Aloysio Hideki Yamada

Aloysio Hideki Yamada
Profissional formado em Tecnologia em Processamento de Dados pela FATEC-SP. Funcionário da Câmara Municipal de São Bernardo do Campo desde junho de 2009. Experiência em infraestrutura com ambientes Linux, Windows, trabalhando na área de redes e desenvolvimento de soluções.

Marcelo R. da Silva
Profissional formado em Biblioteconomia pela Unifai – Centro Universitário Assunção, Pós-Graduado em Gerência de Sistemas e Serviços e Sistemas de Informação pela Fundação Escola de Sociologia e Política de São Paulo – FESPSP e atualmente cursando Técnico em T.I. no Senac – Santo André. Funcionário da Câmara Municipal de São Bernardo do Campo desde agosto de 2009. Experiência com soluções para automatização de atividades da Biblioteca Legislativa.

Objetivo:
O curso terá como objetivo demonstrar um pouco da experiência com soluções em software livre na pesquisa e disseminação da informação legislativa.

Público-alvo:
Profissionais que atuam em unidades de informação e documentação jurídica ou interessados em iniciar na área.

Cronograma:
09:00 – Abertura/Credenciamento
11:00 – Intervalo
13:00 - Encerramento do evento

Conteúdo do Workshop:
1 - Introdução
2 – Como era em 2009
3 – 6 anos de história
4 – Encontrando soluções
5 – Adaptações às necessidades
6 – A evolução continua
7 – Considerações Finais    
8 – Conclusão

Data: 14 de novembro de 2015 (sábado)
Horário: 9:00 às 13:00
Local: Sala de Consulta – 1º andar - Faculdade de Direito da USP
Largo São Francisco, 95 – Centro – São Paulo.
Vagas: 80
Inscrições: preencha o formulário anexo e envie para o e-mail crb8@crb8.org.br

Certificados: será enviado por e-mail na semana seguinte à palestra.